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sistema elétrico

Leilão de linhas de transmissão vende apenas quatro dos 12 lotes ofertados

Copel está entre as empresas que arremataram lotes oferecidos

Os oito lotes não contratados nesta quarta devem ser redirecionados a um novo leilão, a ser realizado no início do próximo ano | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Os oito lotes não contratados nesta quarta devem ser redirecionados a um novo leilão, a ser realizado no início do próximo ano (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo)

O leilão de linhas de transmissão desta quarta-feira (18) recebeu propostas dos investidores para apenas quatro dos 12 lotes de empreendimentos oferecidos, em um novo fracasso para o segmento, que já havia atraído pouco interesse em licitação realizada em agosto, quando quatro de 11 projetos tinham sido arrematados.

Os consórcios TCL, Firminópolis, a estatal paranaense Copel e a novata Planova arremataram os lotes, sendo que apenas uma disputa apresentou deságio ante a receita teto estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para cada lote.

Especialistas ouvidos pela Reuters haviam adiantado, na terça-feira, que havia pouco interesse do mercado pelos empreendimentos de transmissão, em um cenário de recessão econômica e crédito escasso agravado pela situação das empresas do segmento, que estão com excesso de obra ou descapitalizadas.

O consórcio TCL – formado pela Cymi Holding, Lintran do Brasil e Brookfield Participações – receberá uma receita anual de R$ 448,8 milhões para implantar linhas e subestações em Minas Gerais, que constavam do lote A do leilão, o maior em volume e receita dentre os ofertados. O lote A foi arrematado sem deságio.

Já a Copel Geração e Transmissão terá uma receita anual de R$ 97,9 milhões para linhas no Paraná e Santa Catarina, do lote E, que tem três subestações e 188 km de linhas de transmissão. A estatal apresentou proposta de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 97.948.300, praticamente sem deságio em relação ao valor teto estabelecido pela Aneel, de R$ 97.948.313.

A Planova receberá R$ 60,5 milhões anuais pelos empreendimentos do Lote G, que registrou deságio de 6,14% na disputa.

O consórcio Firminópolis receberá R$ 6,5 milhões por ano para construir e operar linhas em Goiás, arrematado sem deságio.

Visão otimista

A contratação de apenas quatro dos 12 lotes disponibilizados no leilão de transmissão não reduziu o otimismo da diretoria da Aneel. Na visão do diretor José Jurhhosa Junior, o resultado do leilão foi um sucesso, apesar de os investimentos previstos nos quatro lotes contratados somar R$ 3,5 bilhões, menos da metade dos R$ 7,5 bilhões estimados inicialmente.

“Entendemos que não tenha sido um sucesso total, porque não contratamos todos os lotes, mas não deixou de sê-lo. Vender 45% do leilão no atual cenário do país indica que estamos alcançando o objetivo”, afirmou Jurhosa. Desde o início do ano, completou o diretor da Aneel, os leilões de transmissão já movimentaram R$ 13,5 bilhões em investimentos estimados.

Os oito lotes não contratados nesta quarta devem ser redirecionados a um novo leilão, a ser realizado no início do próximo ano.

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