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Declaração

Levy afirma que inflação só vai se aproximar do centro da meta em 2017

Em São Paulo, ministro da Fazenda diz que índice de preços deve ficar entre 6% e 6,5% em 2016

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse na manhã desta sexta-feira(14) em São Paulo, a uma plateia de mais mil empresários, em evento da Câmara Americana de Comércio (Amcham), que as expectativas de inflação começam a convergir para a meta, apesar da correção de preço de energia elétrica este ano. Mas o centro da meta, de 4,5%, só será atingido em 2017. Para 2016, o ministro disse que as expectativas convergem para entre 6% e 6,5% e, em 2017.

De acordo com Levy, os três principais riscos para o Brasil no início do ano eram o futuro da Petrobras, o risco de racionamento de energia e se o ajuste fiscal seria levado adiante. Para o ministro, a Petrobras está trabalhando com transparência, criou um grupo de compliance e está encontrando novos caminhos para ser mais ágil, mesmo com um choque de preços no mercado de petróleo.

“No setor elétrico, o governo fez os ajustes necessários e reduziu o risco de racionamento, com peço correto da energia. E no fiscal, o que a gente fez foi mudar a direção, estancando a deterioração das contas públicas. O déficit primário era estrutural e vinha se deteriorando desde 2012”, afirmou Levy, observando que o ajuste causa certo desconforto num cenário de desaceleração da economia.

Riscos minimizados

No evento da Amcham, que integra a agenda da entidade e debate a competitividade brasileira, Levy afirmou que os riscos que existiam para a economia brasileira, no início do ano, se não foram totalmente eliminados, estão afastados e ela caminha para o reequilíbrio. A Amcham tem 5 mil empresas associadas, sendo 85% delas brasileiras.

Levy destacou que as contas externas também apresentam melhora, com o saldo da balança comercial já apresentando números positivos. Ele disse ainda que a mudança de preços relativos, com a alta do dólar, também já está atraindo investidores estrangeiros em setores como imobiliário, por exemplo.

“Essa recuperação das contas externas é fundamental para reequilibrar a economia. Essa melhora, aliada às nossas reservas internacionais e à melhora do fluxo de investimentos para o Brasil foram citadas pela agência de classificação de risco Moody’s para manter o grau de investimento do país”, disse Levy.

Levy também citou que as reformas em impostos como ICMS e PIS/Cofins, que estão sendo discutidas, darão mais competitividade ao país.

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