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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, é uma das figuras centrais na reunião que ocorre em Bruxelas | AFP PHOTO / ERIC FEFERBERG
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, é uma das figuras centrais na reunião que ocorre em Bruxelas| Foto: AFP PHOTO / ERIC FEFERBERG

Sem Reino Unido, UE confirma acordo para regras fiscais

Os líderes da União Europeia tiveram nesta sexta-feira (9) que resignar-se e aceitar uma divisão para poderem adotar as novas normas sobre disciplina orçamentária da zona do euro, perante a recusa de Reino Unido e Hungria em participar de um tratado de todo o bloco.

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Os líderes da União Europeia (UE) retomaram nesta sexta-feira (9) a cúpula em Bruxelas após o longo dia de quinta-feira, em que as negociações se estenderam até altas horas da madrugada para alcançar uma maior integração orçamentária como resposta à crise da zona do euro. Veja um resumo das principais medidas adotadas.

A reunião dos chefes de Estado e de Governo foi retomada por volta das 8h (de Brasília), após o encerramento da cerimônia na qual o tratado de adesão da Croácia foi assinado.

A chanceler alemã, Angela Merkel, avaliou, ao chegar, "como muito satisfatório" os acordos feitos horas antes e afirmou que são prova de que a UE aprendeu "com os erros passados".

"Queríamos evitar compromissos ruins para o euro e conseguimos", destacou Merkel, que ressaltou que a recusa do Reino Unido e de outros países a aderirem ao pacto para reforçar a união fiscal não impedirá o avanço da Europa.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, se negou categoricamente na quinta-feira a aceitar a reforma dos tratados proposta pelo eixo franco-alemão para evitar um endurecimento da regulação sobre o setor financeiro de Londres.

Com a recusa do Reino Unido, a UE teve de aceitar uma divisão para adotar as normas de disciplina orçamentária e serão, até o momento, os 17 países do euro e outros seis não membros (Bulgária, Dinamarca, Letônia, Lituânia, Polônia e Romênia) os que continuarão.

Ficam fora do projeto para reforçar a integração econômica o Reino Unido e a Hungria, enquanto a Suécia e a República Tcheca consultarão seus respectivos Parlamentos.

Os líderes - que estiveram reunidos até as 5h da madrugada - fizeram acordos como acelerar em um ano a entrada em vigor do fundo de resgate permanente e dotar o Fundo Monetário Internacional (FMI) com 200 bilhões de euros para ajudar países em crise.

Os mercados, no entanto, responderam com pouco entusiasmo e as bolsas registraram ligeiras quedas diante das dúvidas geradas sobre o resultado da reunião de quinta-feira e as poucas medidas de curto prazo anunciadas.

Nesta sexta-feira, os 27 - aos quais se soma a Croácia, com status de observador, após a assinatura da adesão - devem fechar os últimos detalhes dos acordos econômicos de quinta-feira e abordar temas externos, como a resposta ao programa nuclear iraniano e a aproximação de países como a Sérvia e Montenegro à UE.

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