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Líderes mundiais sinalizaram nesta sexta-feira (10) a morte do G8, dizendo que apenas um fórum que inclua as maiores economias em desenvolvimento teria legitimidade para tomar decisões globais importantes.

O G8 é formado por países ricos do Hemisfério Norte, mas problemas como o aquecimento global e a crise econômica revelaram suas limitações.

"Uma coisa que é absolutamente verdade é que parece ser errado pensarmos que podemos de alguma forma lidar com alguns desses desafios globais sem grandes potências como China, Índia e Brasil", disse a jornalistas o presidente norte-americano, Barack Obama.

As reuniões do G8 --composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Rússia e Canadá-- têm cada vez mais contado com outros países nos últimos anos.

Durante a cúpula anual do grupo realizada esta semana na Itália, o G8 reuniu-se com líderes de China, Índia, Brasil, México, África do Sul e Egito, formando espontaneamente o G14.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, acha que esse novo grupo pode se transformar em um fórum dominante para discussões em nível internacional.

"No que me diz respeito, o G14 é o formato com que no futuro teremos a melhor possibilidade de tomar as decisões mais importantes sobre a economia global, e não somente isso", disse.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também apoiou o G14, que representa aproximadamente 80 por cento da economia global. "Vamos colocar o G14 em evidência em 2011, quando a França assumir o G8", afirmou.

G20 também quer destaque

O Canadá, que assume a direção do G8 no ano que vem, anunciou que tentará criar um fórum mais amplo, mas acrescentou que quer que o grupo formado pelos países mais ricos sobreviva --desejo repetido pela chanceler alemã, Angela Merkel.

"Em nossa visão, existem questões para as quais o G8 é o fórum apropriado", disse ela.

Também buscando proeminência no cenário global está o G20, que ganhou destaque no ano passado no combate à crise financeira.

Merkel afirmou que acha que esse será um grupo fundamental no futuro e que espera uma decisão em um ano.

Obama, por sua vez, declarou nesta sexta-feira: "Estamos em um período de transição... O que estarei esperando são menos reuniões de cúpulas... eu acho que existe uma possibilidade de organizá-las e torná-las mais efetivas."

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