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Livraria Cultura irá encerrar unidades da Cinelândia e do Fashion Mall | Divulgação/Livraria Cultura
Livraria Cultura irá encerrar unidades da Cinelândia e do Fashion Mall| Foto: Divulgação/Livraria Cultura

Quatro dias depois de anunciar o encerramento das atividades de sua maior loja no Rio de Janeiro, a do Cine Vitória, na Cinelândia, a Livraria Cultura anunciou na terça-feira, 16, que estava fechando, também, a loja do Fashion Mall - sua primeira na cidade, inaugurada em dezembro de 2011. O movimento era esperado já que no comunicado enviado à imprensa, no dia 11, a Cultura falava que passaria a atender seu cliente carioca por meio de seu e-commerce. O anúncio ocorre um dia depois da família Herz, dona da Cultura, fechar a última loja da Fnac no Brasil.

Ainda na terça-feira, a loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, em São Paulo, foi palco de um protesto de ex-funcionários da Fnac (leia mais abaixo), cobrando o pagamento de seus direitos trabalhistas. Vale lembrar que há pouco mais de um ano a Cultura comprou a operação da rede francesa no Brasil e no dia 17 de setembro fechou a penúltima loja da Fnac no País, a da Avenida Paulista, e na terça-feira, 16, fechou a derradeira — a do Shopping Flamboyant, em Goiânia.

Ao que tudo indica, a Cultura não desistiu de Goiânia. No primeiro semestre de 2019, ela disse que deve inaugurar uma loja com sua própria marca onde funcionava até ontem a da Fnac. A ver como os próximos meses serão para ela que é uma das principais redes de livrarias do Brasil e que nos últimos meses fechou lojas, demitiu funcionários e atrasou - vem atrasando - o pagamento de seus fornecedores, dificultando ainda mais a vida das editoras que enfrentam uma das piores crises do mercado editorial.

O comunicado enviado pela Livraria Cultura repete o que havia sido dito na semana passada:

“Com este movimento, a empresa segue rigorosamente o plano estratégico traçado para os próximos anos: manter unidades com boa performance, enriquecer cada vez mais a experiência do cliente em loja e crescer significativamente no e-commerce.

Diante do cenário de incertezas no País, não podemos ser irresponsáveis a ponto de manter lojas deficitárias. Portanto, como já é de conhecimento público, tomamos a decisão de trabalhar com poucas, mas ótimas lojas físicas em diferentes cidades, na busca contínua de um serviço impecável ao consumidor.

Num mundo cada vez mais conectado, consumidores em qualquer parte do Brasil ou do mundo podem comprar pelos canais de e-commerce. Dentro desse contexto, nossas lojas físicas vão se diferenciar, cada vez mais, como pontos de lazer, entretenimento & consumo cultural, entregando aos clientes algo que vai muito além de produtos: experiências que transformam.”

Fnac fecha última loja no Brasil

A rede de livrarias Fnac fechou na segunda-feira, 15, sua última unidade no Brasil, localizada em Goiânia. Ex-funcionários da empresa realizaram um protesto na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, para exigir o pagamento de seus direitos trabalhistas na terça-feira.

Andréia Soares era funcionária da Fnac em Campinas, interior de São Paulo. A loja onde trabalhava foi fechada no dia 10 de setembro, juntamente com outras quatro no Estado. Ela conta que o protesto na Avenida Paulista foi organizado porque a empresa ainda não pagou a multa rescisória.

“Fomos informados de que o pagamento seria feito até o dia 10 de outubro. Como o dinheiro não entrou na conta, tentamos pedir informações ao RH da empresa, mas não obtivemos mais resposta”, contou Andréia.

Comprada há 15 meses pela rede de livrarias brasileira, a Fnac teve quase todas as suas unidades fechadas desde então. Até o momento, a única unidade ainda aberta era a do Flamboyant Shopping, em Goiânia, que foi fechada e deve dar espaço a uma nova loja da Livraria Cultura. As informações são do Jornal Opção.

Andréia afirmou ainda que foram informados pelo sindicato local que a Livraria Cultura havia entrado em contato com e faria o parcelamento do pagamento da multa rescisória, mas até o final da tarde desta terça-feira os ex-funcionários continuavam sem receber o dinheiro.

“Estamos em contato com os ex-funcionários de São Paulo. Eles têm a mesmas queixas porque as lojas foram fechadas no mesmo dia que a nossa. Precisamos da verba rescisória porque, sem ela, não conseguimos sacar o FGTS e nem o seguro desemprego”, explicou Andréia.

Sobre o protesto na loja da Avenida Paulista, a Livraria Cultura afirmou por comunicado que “A empresa não vai se manifestar por enquanto”.

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