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Principalmente para funcionários jovens, ter um plano de previdência custeado em parte pelo empregador é não apenas um benefício importante, mas uma opção de investimento bastante rentável. | Bigstock
Principalmente para funcionários jovens, ter um plano de previdência custeado em parte pelo empregador é não apenas um benefício importante, mas uma opção de investimento bastante rentável.| Foto: Bigstock

Investir em planos de previdência privada tem sido aposta das empresas para atrair e reter talentos. No ano passado, 26% de todos os planos privados do país foram oferecidos pelos empregadores aos seus funcionários, de acordo com os dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). A expressividade do número é, em grande parte, devido à preocupação em relação à aposentadoria por conta de uma possível reforma da Previdência.

Principalmente para funcionários jovens, com muitos anos de carreira pela frente, ter um plano de previdência custeado em parte pelo empregador é não apenas um benefício importante por ser uma forma de segurança para o futuro, como acaba sendo uma opção de investimento bastante rentável e confiável, e muitas vezes mais compensador que um aumento salarial, por exemplo.

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As vantagens da previdência oferecida pela empresa para o funcionário

Confira uma simulação feita pela Brasilprev, de um plano de previdência privada oferecido por uma empresa

Como funcionam os planos de previdência privada oferecidos por empresas

As empresas oferecem hoje basicamente duas formas de plano, os instituídos e os averbados. No primeiro caso, empregado e empregador contribuem com a mesma quantia. Para cada 5% do salário que o colaborador paga, por exemplo, a empresa coloca o mesmo valor. No segundo, a empresa apenas disponibiliza o plano – que, por ser coletivo, geralmente tem mais vantagens do que um individual – sem contribuir para ele.

Os planos instituídos são, segundo José Anselmo, diretor da Vichiwork – consultoria especializada em gestão de benefícios e treinamento empresarial -, os mais adotados. Nesse caso, quando um funcionário é desligado, ele, além de poder levar consigo o plano, ainda pode, se quiser, receber de volta todo o valor investido, seja o pago por ele ou pela empresa.

Porém, embora a regra varie de acordo com cada contrato feito pelo empregador, geralmente é necessário algum tempo mínimo de trabalho na empresa para que o funcionário possa retirar também o valor pago por ela. “Hoje basicamente 100% das reservas pagas pela empresa são liberadas depois de 7 a 10 anos de prestação de serviços do funcionário. Pode ter contrato que permita retirar proporcionalmente, conforme tempo de trabalho. Isso costuma valer tanto para que se demite quanto para quem é demitido, porque uma diferenciação contratual nesses casos poderia ensejar ações trabalhistas no futuro”, explica o superintendente comercial da Brasilprev, Mauro Guadagnoli. 

As vantagens da previdência oferecida pela empresa para o funcionário

Além de ser uma garantia de aposentadoria para o empregado, com valores que podem ser bem maiores que o teto da Previdência Social – que hoje é de R$ 5.645,80 -, outra vantagem de planos de previdência oferecidos pela empresa é que as contribuições são descontadas direto em folha e a dedução fiscal é feita no mesmo mês (isso para os planos na forma PGBL), gerando uma base menor de cálculo de Imposto de Renda.

Também acaba por ser uma espécie de poupança forçada. “Ajuda muito para quem não tem disciplina para economizar, já que os valores são deduzidos direto do contracheque e não entra na conta corrente do funcionário”, comenta o superintendente da Brasilprev.

Uma pesquisa feita pela GoBRZ Consultoria Empresarial com cerca de 30 empresas curitibanas mostrou que dos funcionários que recebem o benefício, 82% estão satisfeitos.

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O que a empresa ganha oferecendo previdência privada como benefício

Já para as empresas, não é apenas por conta da atração e retenção de bons funcionários que vale apena investir em plano de previdência, mas também pela competitividade no mercado. Quem oferece o melhor pacote de benefícios aos empregados tende a ter colaboradores mais satisfeitos, engajados e produtivos.

Empresas que tem contabilidade na modalidade lucro real também podem reverter os valores destinados ao pagamento de impostos para o plano de previdência privada. Assim, acaba por investir em benefício sem alocar uma nova despesa. No caso das que não têm esse regime contábil, a média de gasto com o plano costuma ser de 4% a 8% da folha de pagamento. “É muito melhor e produz mais impacto junto ao funcionário e no ambiente de trabalho investir em previdência privada do que aumentar os salários no mesmo percentual. Sem contar que quem oferece esse benefício é bem percebido pelo mercado”, diz José Anselmo.

O diretor associado da Page Executive Humberto Wahrhafitg destaca que a maioria das empresas que oferece planos de previdência são de médio e grande porte, com estrutura de cargos e salários bem organizadas, geralmente multinacionais, já que o benefício é comum em suas matrizes.

Em Curitiba, a GoBRZ Consultoria Empresarial constatou em uma pesquisa com 45 empresas – entre indústrias e cooperativas – que 25% delas oferecem o benefício. “Geralmente quem recebe são os colaboradores que ganham acima do teto da Previdência Social, com cargos de analistas, coordenadores, gerência e liderança”, diz o sócio Raul Zanon da Rocha Neto.

Confira uma simulação feita pela Brasilprev, de um plano de previdência privada oferecido por uma empresa:

Início de contribuição: 30 anos de idade

Tempo de contribuição: 35 anos

Para ter renda vitalícia de R$ 5 mil: de R$ 640 a R$ 910 por mês ( a reserva acumulada será entre R$ 900 mil e R$ 1,02 milhão).

- Para ter renda vitalícia de R$ 10 mil: de R$ 1.200 a R$ 1.800 por mês (a reserva acumulada será entre R$ 1,8 milhão e R$ 2,04 milhões).

- Para ter renda vitalícia de R$ 15 mil: de R$ 1.900 a R$ 2.700 por mês (a reserva acumulada será entre R$ 2,7 milhões e R$ 3,05 milhões).

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