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Empresários de São Paulo criaram empresa que vendem experiências para companhias que querem sair do lugar-comum na hora de engajar funcionários, parceiros e clientes. Fazer um passeio de balão é uma das diversas opções oferecidas. | Antônio More/Gazeta do Povo
Empresários de São Paulo criaram empresa que vendem experiências para companhias que querem sair do lugar-comum na hora de engajar funcionários, parceiros e clientes. Fazer um passeio de balão é uma das diversas opções oferecidas.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Você bateu aquela meta difícil e em vez de receber “um extra” no contracheque pode escolher entre um jantar num restaurante novo, um salto de paraquedas ou, então, uma viagem com a família. Achou inusitado? Pois essa tendência crescente entre as empresas é justamente o coração do negócio criado pelos irmãos Andre e Daniel Susskind: vender experiências inesquecíveis.

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A inspiração para criar a Viva! Experiências, em 2009, veio da França, onde esse tipo de negócio já estava mais popularizado. A operação começou com um quiosque no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Em vez de um produto, as pessoas tinham acesso a um livreto com diferentes opções de experiências para presentear ou desfrutar. O negócio nasceu de olho no consumidor final, mas aos poucos chamou a atenção das empresas como um jeito de sair do lugar-comum para engajar funcionários, clientes e parceiros.

“Quando nos demos conta, o foco do nosso negócio era o mercado corporativo. Viramos a chave em 2011 e hoje as empresas respondem por 95% do nosso faturamento”, conta Daniel.

Funciona assim: a empresa fecha um projeto com a Viva! Experiências para premiar os colaboradores por diversas razões – pode ser em comemoração pelo tempo de casa, aniversário, programas de metas, bom desempenho ou os tradicionais mimos de final de ano. A companhia pode escolher a experiência a ser vivenciada, mas na maioria das vezes é o próprio colaborador que decide o que quer fazer. Em muitas companhias, os funcionários podem acumular pontos para obter experiências mais caras. Trocar um jantar por uma massagem em um spa ou por uma aula de mergulho, por exemplo.

A ideia é que, em vez de usar o dinheiro de um bônus da empresa para o pagamento de contas, como a renovação do seguro do carro, a amortização da prestação do cartão ou mesmo a quitação daquela dívida antiga, o profissional tenha a possibilidade de viver uma experiência que vai ser sempre lembrada.

Daniel Susskind e o irmão gêmeo Andre criaram a Viva! Experiências em 2009 a partir de uma inspiração vinda da França, onde esse tipo de negócio já esta popularizado.Divulgação/Viva

Da mais simples às mais incríveis, a Viva oferece um cardápio de experiências bem democrático, com opções a partir de R$ 30 até R$ 10 mil. Tudo isso, graças a uma ampla rede de parceiros em todo o país. A base de clientes tem mais de cinco mil CNPJs de todos os tamanhos, de escritório de advocacia a grandes nomes como Vivo, Boticário, Cielo e Ford que possuem programas estruturados de benefícios para os colaboradores.

A Vibro Comunicação, uma empresa de endomarketing de Curitiba, trabalha em parceria com a Viva para atender outros clientes, mas também já premiou seus funcionários com experiências. No final do ano passado, nas comemorações de fim de ano, quatro dos 10 funcionários foram sorteados para uma viagem. “2017 foi um ano muito puxado e os colaboradores aprovaram o presente”, conta Tatyanna Braga de Moraes, gerente de operações da empresa.

Salto

O mercado corporativo foi um trampolim para a Viva! Experiências. Desde 2011, quando mudou passou a apostar mais neste nicho, a empresa vem registrando um crescimento médio anual de 30%. Em 2017, faturou cerca de R$ 8 milhões vendendo experiências gastronômicas, de bem-estar, aventura e diversão.

“As empresas entenderam que a percepção de valor dos colaboradores vai muito além do dinheiro. Notamos, cada vez mais, a procura por coisas diferentes, inusitadas, que tenham significado para o colaborador, que fiquem na memória. A experiência é algo marcante. O profissional vai lembrar desse dia e, principalmente, vai lembrar que ganhou isso da empresa X”, afirma Daniel.

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