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Federico Vega, presidente da CargoX, eleita recentemente uma das 30 startups mais disruptivas do mundo | CargoX
Federico Vega, presidente da CargoX, eleita recentemente uma das 30 startups mais disruptivas do mundo| Foto: CargoX

O Brasil já conta com um ecossistema de startups robusto. Nomes como Nubank, Movile, Netshoes e Pipefy já são reconhecidos nacional e internacionalmente. E quem serão os próximos? Quais startups que começam a despontar podem ser as novas gigante? A Gazeta do Povo consultou especialistas do setor e listou 10 startups para ficar de olho em 2018.

São empresas de diferentes segmentos. Muitos deles “quentes”, como os de mobilidade, agronegócio e saúde. Empresas que  inovam em áreas super tradicionais, (como a CargoX, que levou a tecnologia para o transporte de cargas); ou em setores que há pouco não existiam (caso da Nama, cujas soluções de inteligência artificial são voltadas para identificar a linguagem natural do usuário).

1. CargoX 

Conhecida como a "Uber dos caminhões", a CargoX é uma empresa brasileira que oferece serviços de transportes de carga com base em tecnologia. No final do ano passado, a startup passou por uma rodada de investimentos de R$ 63 milhões liderada por Goldman Sachs (que incluiu nomes como a Qualcoom e a Soros Fund). Lançada em plena crise, a empresa aproveitou a crescente necessidade de redução de custos com logística para crescer. E já movimenta mais de R$ 100 bilhões anuais. Em novembro, a americana CBInsights, de análise de dados, incluiu a CargoX como uma das 30 startups mais disruptivas do mundo. É a única latino-americana da lista. 

2. Grão Direto 

A Grão Direto é uma startup da área de agronegócio (as chamadas agritechs) que conecta produtores e compradores de commodities agropecuárias, com objetivo de tornar o mercado mais eficiente. Além da compra e venda, a plataforma oferece produtos financeiros, logísticos de gestão de contratos e governança para os produtores. Em uma área promissora - o agro - a Grão Direto prevê grandes investimentos para 2018. A empresa está recrutando novos talentos e, a partir de abril, deve divulgar para o mercado suas novidades, principalmente a ampliação da atuação geográfica. 

3. Lady Driver 

A Lady Driver é um aplicativo de mobilidade urbana. A diferença para os concorrentes é que tanto motoristas quanto passageiras são todas mulheres. Com um DNA de "empoderamento feminino" e da inclusão da mulher no volante, a startup retém 16% do valor das corridas (bem abaixo da média do mercado). O aplicativo só atende, por enquanto, em São Paulo e Guarulhos. Neste ano, a meta é se consolidar na capital paulista e também no Rio de Janeiro. Com foco em "quebrar paradigmas e mostrar que a mulher também pode ganhar dinheiro, sim, dirigindo". 

4. Nama 

A plataforma da Nama oferece uma série de produtos para conversas automatizadas pela Inteligência Artificial. Uma especialidade da empresa é construir robôs aptos a compreender a linguagem natural dos usuários. O Poupinha (chatbot do Poupatempo, do governo do estado de São Paulo), criado pela empresa, já trocou 62 milhões de mensagens com cidadãos, e recebeu 237 mil expressões de agradecimento (como "Deus te abençoe"). A startup está num segmento quente. O Bank Of America Merrill Lynch estima que, até 2020, os chatbots vão movimentar US$ 153 bilhões no mundo todo. A Nama já desponta como uma das principais empresas do Brasil, no segmento, e já recebeu reconhecimento internacional, em conferência do Creative Destruction Lab (CDL), no Canadá. Para 2018, a startup planeja escalar a operação a um nível global. 

5. Nutricare 

A Nutricare desenvolveu o Zerosódio, um salgante natural feito à base de potássio. Idealizado pelo médico Rodrigo Martins, o produto leva em conta o alto índice de hipertensão no país (houve aumento de 14,2% na última década, segundo dados do Ministério da Saúde), além de problemas AVC, doenças cardiovasculares, infarto e lesões renais, todos relacionados ao consumo exagerado de sal. O Zerosódio pode ser utilizado tanto na finalização quanto no preparo de alimentos a altas temperaturas, e está atualmente em teste nas cozinhas de hospitais de todo o país. Além disso, o produto já é vendido em redes de drogarias (como a Iguatemi) e em lojas como a Padaria da Esquina, eleita a melhor casa de pães de São Paulo. 

6. MindMiners 

A MindMiners é uma plataforma de pesquisa automatizada com mais de 420 mil usuários cadastrados. O modelo de negócios é dividido em duas frentes, ambas B2B. Numa delas, a startup comercializa projetos personalizados para grandes marcas como Nestlé, P&G e Coca-Cola. Outro produto é a assinatura da plataforma de pesquisa automatizada, que atende tanto grandes marcas como pequenas e médias empresas, além de empreendedores e até estudantes. Criada para "democratizar a pesquisa de mercado", a Mindminers vai investir, em 2018, em estratégias de educação do mercado e tecnologia. A meta é chegar a um milhão de usuários no aplicativo. Outra aposta é incorporar métodos de pesquisa qualitativa. 

7. Portal do Médico 

O Portal do Médico é um marketplace de saúde que está entre os maiores da América Latina. São mais de 33 mil cadastros e 45 mil produtos anunciados no site. No total, as negociações que passaram pelo marketplace passam dos R$ 310 milhões. Para este ano, a startup prevê uma expansão internacional, com foco nos Estados Unidos (além de outras praças, como Israel, Rússia e Portugal). 

8. E-Moving 

A E-Moving é uma startup de mobilidade urbana que oferece o aluguel de bicicletas elétricas de forma mensal. O aluguel é feito de forma mensal, e os pacotes vão de 1 a 12 meses. A ideia é permitir ao usuário utilizar a e-bike em seu deslocamento diário e, assim ter uma nova experiência de deslocamento urbano: rápida, eficiente e sustentável. Criada em 2014, a E-Moving hoje atua em São Paulo e tem uma média de 400 bikes alugadas mensalmente. Para o próximo ano, a meta é expandir a frota para 1.500 veículos e chegar a novas cidades brasileiras. 

9. Chefs CLub 

O ChefsClube é uma espécie de clube de assinatura para amantes da gastronomia. Diferente de outros clubes - que entregam o produto por correspondência - o ChefsClube dá acesso a descontos (de 30% a 50%) em restaurantes badalados em horários previstos, sem limite de uso. As assinaturas são semestral (R$ 129) ou anual (R$ 179). O desconto é válido para o sócio mais um acompanhante, e não incide sobre bebidas e sobremesas. Os restaurantes pagam uma taxa de set-up no início da parceria, além de uma mensalidade que varia de R$ 50 a R$ 90. A startup já opera em mais de 20 cidades brasileiras e tem planos de aumentar consideravelmente o número de sócios e de restaurantes. Para isso, deve investir em uma melhor experiência para o usuário, como formas mais assertivas de recomendar restaurantes. 

10. Inbep 

A Inbep é uma startup de educação de Florianópolis, que atua no mercado de cursos obrigatórios. Seus principais clientes são indústrias (como a Weg, Renault e BMW) e o ano de 2017 fechou com uma base de 20 mil alunos e faturamento na casa dos R$ 700 mil. A empresa projeta crescimento de 60% (ultrapassando os R$ 1 mi de faturamento) para este ano, com expansão nos cursos presenciais e online. E migrando para cursos voltados para profissionais de saúde.

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