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Lucilaine Lima largou a carreira de professora em escola para criar o Instituto Gourmet | Fábio SeixoDivulgação/Instituto Gourmet
Lucilaine Lima largou a carreira de professora em escola para criar o Instituto Gourmet| Foto: Fábio SeixoDivulgação/Instituto Gourmet

Foi por necessidade que a carioca Lucilaine Lima largou a sala de aula. Sem trabalho, foi fazer "bico" como doceira. Em pouco tempo, já dava aulas de gastronomia. O timing não poderia ser melhor. A crise econômica, que levou muita gente a procurar novas habilidades, somada à febre de masterchefs e afins fez seu Instituto Gourmet crescer rápido. Criada há sete anos, a empresa já tem planos de fechar 2017 com R$ 5 milhões de faturamento. 

Lucilaine é formada em Biologia. Desistiu do sonho de ser professora depois que seu filho nasceu. Foi aí que resolveu abrir sua cozinha para o pessoal que sempre pedia suas receitas, na cidade de Serra, a 30 minutos de Vitória, no Espírito Santo. 

No início, era tudo muito solto. Conforme os aulnos pediam, ela ia ensinando. A professora percebeu que passava muito tempo tirando dúvidas de toda ordem, de receitas à lógica de precificação dos produtos. Foi quando decidiu criar um método de ensino. 

A ideia de abrir uma escola foi do marido, que começou a ver sua casa ser tomada de gente, alunos. O casal investiu R$ 180 mil na primeira unidade. Era todo o dinheiro que tinham guardado. 

A primeira sede do Instituto Gourmet foi aberta em 2014, em Serra. Hoje já são 23, sendo 20 franqueadas. Todas no Sudeste, no Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Da carreira como professora, além da didática para dar aula, Lucilaine tirou frutos da sua graduação. Hoje ela coordena toda a parte sanitária e microbiológica do Instituto, o que é fundamental no mercado de gastronomia. “Tudo que eu fiz sempre foi com amor. E acho que esse é o segredo”.

Crescimento de 600% 

O Instituto Gourmet tem planos de fechar este ano com crescimento de 600%, em relação a 2016. Mérito do franchising: foram 20 unidades abertas desde o lançamento do modelo de franquias, em janeiro deste ano. 

"Eu vi que não existia no Brasil um modelo de negócios exatamente igual ao meu. Tem coisas parecidas (técnico, faculdade ou um cursinho básico). Mas nada como o nosso que é para profissionalizar, colocar no mercado rapidamente, fazer empreender. E a gente viu essa oportunidade." 

O Instituto também surfou na moda dos realities de culinária, como o Masterchef. "Acelerou muito o processo, foi astronômico", conta Lucilaine. 

O Instituto oferece oito cursos no total. Os carros-chefes são os de "master confeiteiro" e de cozinheiro profissional, ambos com duração de um ano. 

Em geral, os franqueados são pessoas com perfil empreendedor (o investimento inicial é de R$ 250 mil). Não necessariamente da área da gastronomia. O treinamento é feito in loco, e em três pilares: comercial, pedagógico e administrativo. 

Para o próximo ano, o Instituto Gourmet tem planos de começar a expansão para outras regiões do país, como o Sul e o Nordeste.

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