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Finanças

Não antecipe a restituição do Imposto de Renda com um empréstimo no banco

Essa medida só vale para quem tiver um débito muito caro para pagar, como cheque especial ou cartão de crédito

Como contrapartida para esse tipo empréstimo, o cliente geralmente tem de indicar à Receita Federal uma conta no banco onde tomou o empréstimo para o recebimento da restituição. | Bigstock
Como contrapartida para esse tipo empréstimo, o cliente geralmente tem de indicar à Receita Federal uma conta no banco onde tomou o empréstimo para o recebimento da restituição. (Foto: Bigstock)

Os bancos já começaram a oferecer linhas de empréstimo de antecipação da restituição do Imposto de Renda 2018. Com juros que a partir de 1,79% ao mês, bem abaixo da média do empréstimo pessoal, na casa dos 4,10% ao mês, segundo dados de janeiro da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), esses empréstimos podem ser tentadores. Mas, de acordo com os especialistas, só valem mesmo a pena se servirem para quitar contas bem mais caras, como cheque especial ou cartão de crédito, que sobem a um ritmo de mais de 12% ao mês.

Ainda assim, antes de simplesmente comparar os valores a serem restituídos com o que os da dívida, é preciso fazer a lição de casa. Detalhar todas as despesas e receitas da família pode mostrar que cortando poucos itens é possível pagar a dívida sem precisar fazer qualquer tipo de empréstimo.

Um risco inerente à antecipação, lembra Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, é o de contribuinte cair na malha fina ou mesmo ter o valor a ser restituído modificado depois de retificação.

“Caso [a declaração] apresente problemas, (...) o contribuinte terá de arcar com o empréstimo do próprio bolso. Por isso, é sempre recomendável muito cuidado ou mesmo o apoio de especialistas contabilistas”, ressalta ele.

Se mesmo depois de considerar esse risco e deixar as contas da casa às claras, a decisão for de antecipar o valor da restituição, ainda cabe uma boa pesquisa entre bancos que oferecem essa linha. 

Quase todos oferecem até 100% do valor a ser restituído. A exceção é a Caixa Econômica Federal, cujo limite é de até 75%.

Os juros dessa modalidade também variam bastante: de 1,79% a 4,36% ao mês, dependendo da avaliação do cliente e do relacionamento que ele tem com a instituição. Além dos juros, incide IOF e outros encargos nesse tipo de empréstimo.

Como contrapartida, o cliente geralmente tem de indicar à Receita Federal uma conta no banco onde tomou o empréstimo para o recebimento da restituição. Para comprovar isso e também o valor a ser restituído, é cobrada da cliente a apresentação do recibo da entrega da declaração do imposto de renda.

Alguns bancos, como o Bradesco, só oferecerão essa linha no mês de abril. Outros, como Itaú e Santander, permitem a contratação da modalidade até 31 de outubro. No caso do Bradesco, o limite é 15 de dezembro.

Leia a matéria da #GazetadoPovo na íntegra: //bit.ly/2utDRCm

Publicado por Vida Financeira e Emprego em Segunda, 12 de março de 2018

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