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O melhor investimento do ano de 2018: mesmo que as reformas não ocorram, a Bolsa tende a chegar aos 90 mil pontos ainda no primeiro semestre. | Bigstock
O melhor investimento do ano de 2018: mesmo que as reformas não ocorram, a Bolsa tende a chegar aos 90 mil pontos ainda no primeiro semestre.| Foto: Bigstock

Depois de começar o ano como, de longe, o melhor investimento, a bolsa passou por um momento de estresse nos últimos dias. Esse “soluço”, segundo analistas, não muda a tendência de valorização da bolsa — que em janeiro subiu 11% e chegou à sua máxima histórica de 85 mil pontos.

Essa tendência de valorização depende de algumas sinalizações positivas para a economia, como a reforma da Previdência, a reforma Tributária e privatizações de estatais, como a da Eletrobras, por exemplo. Em um cenário otimista, em que as reformas avancem, a bolsa poderia alcançar um novo recorde e chegar a 110 mil pontos. 

Mas mesmo que as reformas não ocorram — ou pelo menos não todas elas — as perspectivas ainda são boas: a bolsa tende a chegar aos 90 mil pontos ainda no primeiro semestre, de acordo com o economista-chefe da Moldamais Home Broker, Álvaro Bandeira. Isso graças ao ótimo cenário de recuperação da economia global: crescimento do PIB americano, estimado em 2,3%, e do da China, de 6,5%, para 2018.

“Aqui no Brasil não é diferente. Nosso PIB pode chegar até 3,5%. Sem contar a taxa de juros baixa e a pequena pressão inflacionária. Tudo isso reflete diretamente na lucratividade das empresas”, explica. 

No início de fevereiro, a variável que levou ao susto nos mercados foi a perspectiva de que os juros americanos vão subir de forma mais rápida do que se supunha. Com isso, a bolsa americana levou um tombo – o índice Dow Jones caiu 4,6% em um dia na segunda-feira (5).

Para os analistas, o aperto financeiro nos EUA não deve mudar o cenário positivo para o Brasil. Nesta quarta (7), o Ibovespa fechou em 82.767 pontos, uma queda pequena de 1,34% em comparação ao dia anterior, terça (6), quando chegou a 83.894 pontos.

A queda de segunda-feira é o que Bandeira chama de “freio de arrumação”. Depois dos recordes históricos dos mercados pelo mundo em janeiro — o Japão, por exemplo, também alcançou o maior índice dos últimos 20 anos — é normal, na opinião do economista, que aconteçam algumas turbulências pelo caminho, o que não significa que o mercado entrou em uma espiral de baixa. 

Um sinal de que a bolsa brasileira vive um bom momento é que, mesmo com a queda na bolsa americana entre a última sexta-feira (2) e segunda-feira (5), o Brasil acabou sentindo menos os reflexos do que outros países.

“Estamos economicamente mais maduros. Isso mostra que tem um bom fluxo de recursos entrando no nosso mercado”, cometa o economista da Moldamais. 

A analista-chefe da Coinvalores Corretora, Sandra Peres, lembra também que apenas nesse comecinho de 2018 a entrada de capital estrangeiro foi maior que em todo o ano de 2017, o que corrobora o cenário favorável.

“É claro que em investimentos de renda variável sempre há riscos, principalmente se a reforma previdenciária não passar ou se os juros americanos subirem mais do que o esperado. Mas se acontecer uma queda ela deve provocar apenas um leve estresse, como foi nos últimos dias, nada de forte”.

O que importa é ficar de olho no longo prazo 

O analista-chefe da Rico Investimentos, Roberto Indech, também afirma que ainda há espaço para valorização da bolsa neste ano. Esse cenário deve voltar a atrair pequenos investidores para o mercado, revertendo uma tendência de diminuição no número de investidores pessoa física nos últimos anos.

O ideal para quem está nesse perfil, segundo Indech, é começar comprando ações de empresas consolidadas, com liquidez, histórico de pagamento de dividendos, boa gestão empresarial e liderança no seu setor (empresas com uma boa fatia do mercado), porque aí a aplicação deixa de ser uma aposta na valorização de curto prazo para se tornar um investimento nas perspectivas de retorno concreto. 

“Não se pode perder de vista que a compra de ações é quase sempre um investimento a longo prazo, embora em alguns poucos casos possa ocorrer um retorno mais rápido”, explica. A dica na hora de comprar é ficar atento a pequenas quedas: esses momentos são bons para comprar ações de forma progressiva e ir montando uma carteira

Em relação aos segmentos, os analistas indicam que os melhores setores para investir neste momento são aqueles ligados à exportação — já que o mercado internacional vai demandar muitos bens intermediários e primários — e infraestrutura, como construção civil e materiais de construção. Na hora de escolher essas empresas, é importante ficar atento ao seu endividamento — companhias com poucas dívidas e forte fluxo de caixa tendem a ser as preferidas dos investidores.

Outro setor que promete bons retornos ao longo do ano são os bancos, que têm perspectiva de crescimento entre 5% a 7%. Com o aumento do crédito, principalmente por parte dos privados, aumentam também as vendas no varejo, outro segmento que pode ter melhores resultados com a retomada da economia.

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Publicado por Vida Financeira e Emprego em Segunda, 5 de fevereiro de 2018
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