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Lula acelera reforma ministerial e convida Márcia Lopes para pasta das Mulheres

Presidente Lula
Lula avança em reforma para reorganizar base do governo. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou a petista Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, para assumir o comando do Ministério das Mulheres no lugar de Cida Gonçalves. É a sexta mundaça nas pastas, num movimento de avançar na reforma ministerial e para reorganizar sua base de governo< Lula deve se reunir com Márcia em Brasília já nesta segunda-feira (5), apurou a Folha de S. Paulo.

O convite foi feito por telefone na sexta-feira (2), mesmo dia em que Lula se reuniu por 20 minutos com a atual titular da pasta, que deixou deixou o Palácio do Planalto sem dar declarações à imprensa. A saída de Cida já era dada como certa desde o início do ano, no contexto da prometida reforma ministerial.

Márcia já era a favorita para o cargo. Assistente social e professora, é filiada ao PT desde a década de 1980 e foi ministra no segundo mandato de Lula, em 2010. É também irmã de Gilberto Carvalho, atual secretário nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho e ex-secretário-geral da Presidência. Ela participou do governo de transição em 2022 como coordenadora do grupo técnico de assistência social, ao lado da ministra Simone Tebet (Planejamento) e da ex-ministra Tereza Campello.

Além de Márcia, aliados do presidente também projetam mudanças em outras pastas. Um dos nomes sob avaliação é o do atual secretário-geral da Presidência, Márcio Macêdo, cujo desempenho tem causado insatisfação ao presidente.

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A troca no Ministério das Mulheres será, caso confirmada, a sexta mudança no primeiro escalão desde o início do ano. A reforma ministerial, que havia sido prometida para 2025, foi antecipada após sucessivos desgates que atingiram a gestão.

Apesar das movimentações, a maioria das trocas na Esplanada envolveu ministros do próprio PT. Mudanças fora do partido ocorreram principalmente após escândalos ou crises. Na sexta-feira (2), Carlos Lupi (PDT) pediu demissão do Ministério da Previdência após denúncias de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. No mesmo dia, Wolney Queiroz, também filiado ao PDT e número dois da pasta, foi empossado como novo ministro, sob críticas da oposição.

Em abril, o então ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), deixou o cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O deputado Pedro Lucas (União Brasil-MA) chegou a ser anunciado como sucessor, mas recusou o posto 12 dias depois, gerando novo constrangimento para o Planalto. A pasta acabou sendo ocupada por Frederico Siqueira, então presidente da Telebras.

Outras mudanças incluem a substituição de Paulo Pimenta (PT-RS) por Sidônio Palmeira na Secom, em janeiro, e a troca de Nísia Trindade por Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, com a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais.

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