O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o habitual congelamento de parte dos recursos do Orçamento da União não irá atingir verbas destinadas ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
``Certamente vou contingenciar o Orçamento, mas não vou mexer um centavo do PAC'', disse Lula, no Rio, durante assinatura de um convênio com o governo do Estado para a construção de um arco rodoviário, projeto que faz parte do PAC.
Segundo o presidente, o país passou anos sem investimentos públicos e investimentos em infra-estrutura. Ele aproveitou para fazer um apelo aos empresários, para que invistam nas Parcerias Público-Privadas (PPP).
``Faz 26 anos que este país tem um crescimento aquém daquilo que precisa ter. Muitas vezes cresceu desordenadamente e quebrou no dia seguinte... optamos pela seriedade'', disse Lula.
Na apresentação do PAC, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o represamento de recursos do Orçamento seria feito em cima das despesas de custeio e em investimentos considerados não essenciais.
O presidente disse estar ``obstinado'' a fazer o país crescer, e pediu aos empresários para que se preparem para o aumento da demanda esperada.
``O país não pode continuar tendo medo de crescer, do aumento da demanda. O Brasil precisa ter medo é da diminuição da demanda. Os empresários brasileiros vão ter que se preparar para a oferta porque na hora que começa a demanda, precisa da oferta'', disse.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou na última sexta-feira que a demanda agregada no Brasil está crescendo e deve manter essa tendência. Para atender esse movimento, espera-se um aumento consistente da oferta.
``Se não tiver oferta, vai aumentar as importações'', alertou Lula.



