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A equipe do presidente Lula (PT) corrigiu uma publicação do Instagram que anunciava a isenção do imposto de importação sobre o ovo. A postagem no perfil de Lula foi feita depois que o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou uma série de medidas para conter a inflação dos alimentos, entre elas, a isenção do imposto de importação sobre alguns itens.
Segundo Alckmin, o governo decidiu zerar a alíquota de importação de vários produtos que vêm de fora para baratear o preço final dos alimentos, como carne, café, sardinha, biscoitos, açúcar, milho, óleo de Girassol e azeite de oliva.
Ao contrário do que afirmava a primeira versão da publicação no Instagram de Lula, nesta quinta-feira (6), os ovos não integram a lista de itens isentos.
De acordo com um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço do ovo aumentou mais de 40% no início deste ano em comparação aos preços registrados em 2024. As cotações dos ovos atingiram o maior patamar diário da série histórica.
Segundo o Cepea, a disparada nos preços foi causada pela “baixa oferta de ovos no mercado interno e o aumento da demanda.”
Lula disse ter trocado ovo de galinha por ovo de pata e de ema
Em fevereiro, ao discursar ao lado de ministros e políticos do estado, em Macapá, no Amapá, o presidente Lula (PT) disse que alterou a dieta e passou a consumir ovos de pata e de ema em vez dos gerados por galinhas, por serem mais nutritivos.
Na ocasião, Lula falava sobre a exploração de petróleo na costa amapaense, que está com o licenciamento pedido pela Petrobras barrado pelo Ibama por mais estudos de impacto ambiental, quando fez a referência à alteração da dieta.
“Eu estou comendo agora ovo de pata, que diz que tem mais sustância. E como eu sou um jovem de 79 anos, eu tenho que comer muito ovo de pata. Ovo de galinha fica pra vocês que são jovens”, disse na ocasião.
Frente Parlamentar da Agropecuária diz que medidas para conter inflação de alimentos são "ineficazes"
De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), “a redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos é a colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil”.
Em nota, a FPA afirmou que as medidas anunciadas pelo governo são uma tentativa de criar a narrativa de “busca de soluções”, quando, na verdade, “o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação”.
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