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JP Morgan

Maior banco dos EUA volta a apostar no Brasil à espera de “troca de regime” em 2026

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O JP Morgan destacou que a mudança é tática e não estrutural, já que “as questões domésticas que levaram a rebaixar o Brasil estão vivas” (Foto: EFE/Justin Lane)

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O JP Morgan, maior banco dos Estados Unidos, voltou a recomendar as ações do Brasil ao projetar um cenário de fim da alta da Selic combinado com uma “possibilidade de mudança de regime” em 2026. O banco também conta com a possibilidade de os “EUA não entrarem em recessão.”

Em novembro de 2024, o JP Morgan reduziu a recomendação para ações do Brasil de "overweight" para "neutra". O banco norte-americano citou o ciclo de desafios econômicos e políticos do país. Na época, o banco elevou o México de “neutro” para "overweight" ao considerar que o cenário global favorece o país. 

Nesta segunda-feira (10), o JP Morgan devolveu o “overweight” aos papéis brasileiros e passou o México para “neutro”.

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No comunicado, além da possibilidade de mudança nas eleições de 2026, o banco citou como fator de atratividade o crescimento da China – que divulgou meta de 5% para o PIB este ano – e deve injetar mais dinheiro em mercados emergentes como o Brasil.

“Ainda assim, até vermos isso, parece ser um mundo de crescimento mais lento dos EUA e dólar mais fraco, o que abre a possibilidade de maiores cortes do Fed. Se isso ocorrer na ausência de uma recessão nos EUA, deve ser um cenário bastante otimista para os mercados emergentes, e o Brasil é um dos betas mais altos dessa história”, diz um trecho do comunicado do banco.

Nova recomendação é “tática” e não “estrutural”

No documento, o JP Morgan disse que por conta das pesquisas de confiança estarem piorando em todos os setores, isso faz aumentar as chances de o Copom interromper o ciclo de alta de juros no mês de junho, aos 15,25%.

O banco ainda admite o cenário em que o Copom estacione a Selic já na semana que vem, aos 14,25%.

Apesar da nova aposta no Brasil, o JP Morgan destacou que a mudança na recomendação é “tática” e não “estrutural”, uma vez que “as questões domésticas que nos levaram a rebaixar o Brasil em primeiro lugar (fiscal ruim) estão muito vivas”.

“Continuamos com uma alocação um tanto defensiva em Brasil e México, mas preferimos agora ficar mais expostos a proxies de títulos no Brasil do que aos exportadores. Também gostamos de bancos e serviços públicos estabelecidos”, afirmou o banco.

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