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Pesquisa

Maioria ainda recebe em dinheiro

Apesar do aumento do uso de bancos nos últimos três anos, salários continuam sendo pagos “à moda antiga”, segundo estudo do Banco Central

Dinheiro público na mãos dos políticos: a gente sabe onde isso vai dar... | Sergio Moraes / Reuters
Dinheiro público na mãos dos políticos: a gente sabe onde isso vai dar... (Foto: Sergio Moraes / Reuters)

Brasília - Apesar do aumento no número de pessoas com acesso a serviços bancários, a maioria dos brasileiros ainda recebe seu salário em dinheiro vivo, segundo levantamento do Banco Central. A pesquisa "O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro" de 2010 mostra que 55% das pessoas são pagas dessa maneira por seus empregadores, mesmo porcentual verificado em 2007.

A manutenção desse índice se deu apesar do avanço na bancarização da população nesse período – o porcentual de pessoas com conta corrente passou de 39% para 51% em três anos. Dos entrevistados, outros 39% (ante 34% em 2007) recebem o salário por depósito em conta, enquanto 2% recebem seus vencimentos em cheque, retirando o dinheiro no caixa dentro da agência – antes, o índice era de 3%.

O brasileiro tem usado mais cartão de crédito e débito para realizar seus pagamentos, mas o dinheiro ainda é largamente a forma mais utilizada pelos cidadãos para pagarem suas contas e despesas. De acordo com o levantamento, 72% dos entrevistados informam que costumam utilizar com mais frequência dinheiro para fazer seus pagamentos. Em 2007, esse indicador estava em 82%. O uso de cartões de crédito subiu de 8% para 13% de 2007 a 2010, enquanto o de cartões de débito, de 8% para 14%. O uso de cheques caiu de 2% para quase zero.

O levantamento mostra que o uso de dinheiro é mais frequente em pagamentos de padaria, aluguel/condomínio, educação, mercadinho/mercearia, enquanto são menos frequentes (mas ainda assim representam a maior parte) em pagamentos de roupas/calçados, eletrodomésticos e super/hipermercados. Para os pagamentos de maior valor, acima de R$ 50, o uso de outros meios, além do dinheiro, atinge mais de um terço da população; nas classes A e B, supera 50% dos entrevistados.

O estudo encomendado pelo BC foi feito pelo Instituto Zaytec Brasil, que fez 2.089 entrevistas em todos estados brasileiros e no Distrito Federal e em municípios com porte de pelo menos 100 mil habitantes.

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