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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira (24), no intervalo da reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a crise internacional está saindo do âmbito financeiro para o econômico. Segundo ele, o presidente incentivou os ministros a manterem os investimentos dos programas do governo.

"Na análise do quadro da economia mundial, nós observamos que a crise mundial está se transformando de uma crise financeira para uma crise econômica como um todo. Na esfera financeira, até houve certo controle dos vários governos e, portanto, as medidas que foram tomadas pelos Estados Unidos e pela Europa conseguiram segurar aqueles derretimentos dos bancos que estavam ocorrendo", disse.

Mantega ressaltou que a diminuição do crédito e o aumento do custo financeiro começaram a afetar a economia do ponto de vista do desempenho. "Passou a haver desaceleração forte das economias dos Estados Unidos e da União Européia e também da japonesa e algumas economias já estão entrando em recessão", comentou.

O ministro disse ainda que o governo está tomando medidas para evitar a desaceleração da economia brasileira e que o objetivo é atingir, pelo menos, um crescimento de 4% no ano que vem, frente aos 6% previstos para esse ano.

"O governo já está fazendo uma ação anticíclica de modo que a economia brasileira sofra apenas uma desaceleração, que saia do patamar de 6% para 4% ao ano", disse.

Programas

Mantega relatou também que, durante a reunião, o presidente incentivou os ministros a manterem os investimentos dos programas governamentais, em especial as obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Segundo o ministro, isso serve como antídoto contra uma possível recessão no Brasil.

"O Brasil foi pego em forte dinamismo econômico, a economia vinha crescendo 6% ao ano, mesmo havendo desaceleração da demanda brasileira. Até setembro, não sentimos os efeitos da crise no Brasil. Todos os indicadores estavam favoráveis e, a partir de outubro, começamos a sentir falta do crédito em dólares, falta de crédito para comércio externo e aí viria um problema maior", avaliou o ministro.

A reunião ministerial já foi retomada e agora os ministros devem debater questões relacionadas às suas pastas. No final, o presidente fecha o encontro com sua avaliação.

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