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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que a projeção do boletim Focus, que prevê que os juros fiquem em 11,5% ao longo deste ano, é mais conservadora que a taxa esperada por ele. O Focus reúne as expectativas do mercado em relação a indicadores da economia, sendo divulgado semanalmente.

Mantega também reconheceu que o crescimento econômico de 2006, que ficou em 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto), foi modesto e insatisfatório, mas afirmou que o país poderá cumprir a projeção do governo, de crescimento de 4,5% em 2007, conforme previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) .

- O ministro da Fazenda não pode falar qual é a taxa que ele espera para o fim do ano. Ele tem que pegar o boletim Focus, que costuma ter uma taxa conservadora. Certamente essa taxa (11,5%) é mais conservadora do que aquilo que eu espero que ela seja em 2007 - afirmou Mantega, que participa de audiência conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Infra-estrutura do Senado.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a taxa de juro continuará caindo sem mágica.

- O Brasil vive um momento mágico da nossa macroeconomia, das nossas reservas, do superávit da balança comercial e da política de importação. Sem decreto, sem leis, sem mágica, os juros continuarão caindo e o câmbio vai se valorizando. Sempre que alguém tentou inventar mágica o resultado não deu certo - disse ele, na abertura da feira internacional da construção, em São Paulo.

" Sem decreto, sem leis, sem mágica, os juros continuarão caindo e o câmbio vai se valorizando. Sempre que alguém tentou inventar mágica o resultado não deu certo "

As afirmações de Lula foram feitas logo depois de os empresários criticarem o nível da taxa Selic, que determina o juro básico da economia.

Em 22 de janeiro, ao anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento, Mantega já havia causado desconforto ao cobrar do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, um ritmo maior de queda das taxas de juros.

O ministro ponderou que, apesar de o crescimento de 2006 ter ficado abaixo do esperado, houve um aumento da taxa de investimento, que fechou o ano em 6,3%, o que significa que o Brasil tem condições de obter um resultado melhor este ano.

O ministro, que esteve no Congresso pela segunda vez para falar sobre o programa de aceleração do crescimento (PAC), também destacou em sua exposição que o Brasil está mais resistente a choques externos. Segundo ele, a baixa vulnerabilidade da economia brasileira é testada com freqüência e conseguiu passar com sucesso pelas turbulências ocorridas no mercado financeiro na queda das bolsas asiáticas.

- A moeda brasileira foi a que menos flutuou - disse Mantega, destacando que no passado o Brasil sentia "qualquer espirro" do mercado internacional.

Mantega está acompanhado dos ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Planejamento, Paulo Bernardo, que também falarão sobre o PAC. A sessão no Senado começou esvaziada, com apenas 30 de um total de 81 parlamentares. A sessão está sendo conduzida pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), presidente da CAE.

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