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Queda no PIB

Mantega diz que PIB do 2º trimestre ficou aquém da expectativa

Ministro disse que queda da economia no período se deu pelo desapontamento dos resultados da economia internacional e problemas pontuais internos como os efeitos da estiagem

O ministro Guido Mantega | Ueslei Marcelino / Reuters
O ministro Guido Mantega (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (29) que a queda de 0,6% do PIB no segundo trimestre ficou aquém do esperado. "O PIB do segundo trimestre ficou aquém das nossas expectativas", disse Mantega.

De acordo com ele, a queda da economia no período se deu pelo desapontamento dos resultados da economia internacional e problemas pontuais internos como os efeitos da estiagem. Para Mantega, isso levou a redução do mercado internacional para as exportações dos produtos brasileiros.

"Falta mercado e isso leva a uma tendência de desaceleração das economias emergentes. A economia internacional não causou os impactos esperados", disse.

O ministro acredita que o terceiro trimestre terá crescimento. Ele disse que a Fazenda fez uma simulação dos impactos da economia internacional, do menor número de dias úteis (feriados da Copa) e da seca sobre o PIB. Ele ressaltou que se trata apenas de uma simulação, não são números efetivos, mas que dão uma noção do peso destas variáveis sobre a economia brasileira.

O impacto do baixo crescimento da economia internacional sobre o PIB foi de menos 0,6 ponto porcentual. Só o Fed, cuja atuação levou o câmbio a R$ 2,45, tirou do PIB brasileiro crescimento de 0,2 a 0,3 ponto porcentual. O menor numero de dias úteis tirou de 0,2 a 0,3 ponto porcentual do PIB no segundo trimestre.

"De qualquer forma, estes impactos não vão se repetir no terceiro trimestre. Estados Unidos e União Europeia já estão se recuperando e a seca já foi absorvida. Já causou seu impacto no segundo trimestre", disse Mantega.

Política monetária

O ministro comentou também que a política monetária restritiva adotada pelo BC para combater a inflação deve gerar um impacto negativo de 0,7 ponto porcentual do PIB em termos anualizados. "Mas a liberação de compulsórios pelo Banco Central deve ajudar a recuperação da economia", comentou, referindo-se ao segundo semestre. "O crédito começou a melhorar em função do controle da inflação."

"Além disso, a gente espera que a União Europeia também tenha algum sinal de recuperação", destacou o ministro. Ele também ponderou que a seca que atingiu o País no começo deste ano, que afetou expectativas de investimentos e elevou custos de energia para empresas, não vai causar mais impactos negativos entre julho e dezembro. "Problemas conjunturais não se repetirão", destacou.

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