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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não descartou neste terça-feira (12) que novas medidas possam vir a ser adotadas para conter o fluxo de capital estrangeiro e a valorização do real, mas ressaltou que ainda é cedo para avaliar a eficácia do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% para 4% para capital estrangeiro.

Mantega lembrou que no ano passado o governo reintroduziu a alíquota de 2% e obteve resultados positivos. "Agora nós fizemos essa medida ainda no período de capitalização da Petrobras. Esperei na verdade também o primeiro turno das eleições para não trazer nenhuma interferência", afirmou.

"De fato, continua havendo alguma valorização do real. Só não sabemos se é efeito da desvalorização do dólar (no mundo) ou o ingresso de recursos estrangeiros que continua. E não sabemos quanto o real teria valorizado sem as medidas. Temos de esperar mais tempo para ver a eficácia", explicou Mantega a investidores estrangeiros em evento no Council of Americas promovido em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Nova York.

Segundo ele, caso os instrumentos adotados pelo governo até agora para segurar a alta do real, como IOF e compras de reservas internacionais, se mostrem insuficientes, a Fazenda irá pensar "em outras medidas". O ministro não comentou, no entanto, nenhuma possível nova medida. "Não divulgamos medidas futuras", repetiu Mantega.

Crescimento de 7,5% no PIB

Mantega também afirmou que sua estimativa é de que o Brasil deve crescer 7,5% este ano. A projeção anterior da Fazenda era de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) poderia ficar, na ponta mais baixa das projeções, em 6,5%, e na mais alta, em 7,5%. Para o Banco Central, o país deve registrar crescimento de 7,3%.

"Devemos ter um crescimento de 7,5%, o maior crescimento em 25 anos", disse o ministro. "Para 2011, com a redução dos estímulos, a economia mundial vai crescer menos e estamos projetando crescimento de 5,5% da economia brasileira", acrescentou Mantega a uma plateia que incluía ainda analistas brasileiros e a ex-ministra da Economia Zélia Cardoso de Mello.

O ministro lembrou que o mercado interno tem sido um dos responsáveis pela taxa atual de crescimento da economia brasileira. "A demanda é uma das responsáveis por essa taxa de crescimento", afirmou. "É um novo patamar de crescimento que veio para ficar", explicou Mantega.

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