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Hidrelétrica

Mauá é parte de plano para duplicar energia

Desvio do rio Tibagi marca o fim da primeira etapa do empreendimento que deve começar a operar em 2011

Explosão do canal para desvio do rio Tibagi: hidrelétrica é maior obra do PAC no Paraná | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Explosão do canal para desvio do rio Tibagi: hidrelétrica é maior obra do PAC no Paraná (Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)

Telêmaco Borba - O desvio do rio Tibagi, realizado ontem, marcou a conclusão da primeira etapa da construção da Usina Hidrelétrica Mauá, em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais. O empreendimento, avaliado em R$ 1,2 bilhão, está previsto para entrar em operação em 2011 com capacidade de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade com 1 milhão de habitantes, o equivalente a duas cidades do porte de Londrina. A usina, que é o primeiro grande empreendimento do setor hidrelétrico nos últimos 10 anos no Paraná, integra o plano federal de duplicação do potencial energético do país até 2030.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, que participou ontem da solenidade de inauguração da primeira etapa, lembrou que o país não explora 70% do seu potencial hidrelétrico. "Queremos duplicar a nossa capacidade de energia até 2030. Não estamos em nenhuma situação crítica com a capacidade atual, mas o racionamento de 2001 mostrou que temos que nos desenvolver antecipadamente", lembrou.

A execução da obra, que sofreu 15 ações judiciais movidas por organizações não-governamentais, não trará grande impacto ambiental, conforme Zimmer­mann. "O rio Tibagi tem uma característica muito boa e terá baixo impacto ambiental", acrescenta.

O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, lembrou que o Paraná passou por um período de estagnação desde 1999, enquanto que o presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, reforçou que desde os anos 80 até recentemente o país não vivenciou grandes investimentos no setor elétrico. O governador Roberto Re­­quião enalteceu a Copel, "a me­­lhor companhia do país", segundo ele, mas que tem sofrido "reveses" como a venda de energia mais barata para o pool nacional.

A usina Mauá, que pertence ao consórcio Cruzeiro do Sul (união entre a Copel e a Eletrosul), está prevista no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). As obras iniciaram em julho do ano passado com a previsão de gerar 1,8 mil empregos diretos e 3,6 mil indiretos. Os municípios onde a usina está inserida terão acréscimo anual de receita de R$ 1,4 milhão (Ortigueira) e R$ 1,3 milhão (Telêmaco Borba).

Segundo o superintendente do consórcio, Sérgio Luiz Lamy, com o desvio do rio e a passagem de parte das águas por dois túneis, será iniciada a segunda etapa das obras, que consiste principalmente na construção da barragem no leito do rio. A barragem terá 745 metros de comprimento e 85 metros de altura. Após a construção, serão fechados os túneis e formado o reservatório que terá 84 quilômetros quadrados de superfície.

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