Os cirurgiões cardiovasculares que atendem pela Unimed no Paraná aguardam uma proposta da Unimed Curitiba para decidirem sobre um possível descredenciamento em massa da operadora. Os médicos devem se reunir na semana que vem para analisar a resposta da Unimed Curitiba para a contraproposta que eles apresentaram na segunda-feira (28).
Para o presidente da Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares do Paraná (Coopcardio-PR), Marcelo Freitas, o principal impasse na negociação é a exigência dos médicos para que um possível acordo tenha abrangência estadual, atingindo as dez Unimeds com cirurgiões cooperados, e não apenas Curitiba e Londrina - cidade que também faria parte do acordo firmado com a capital.
"A proposta apresenta pela empresa ainda tem muitas falhas, mas a questão dos valores é secundária", diz Freitas. Segundo ele, seria possível escalonar as exigências para que fossem cumpridas em um ano ou um ano e meio e por isso não estão sendo negociados valores fechados.
Segundo o presidente da Coopcardio-PR, a tentativa de negociar com a Unimed Paraná fracassou porque a empresa alegou incompetência para gerir o assunto. Freitas argumenta que o Ministério Público teria solicitado que a unidade estadual fosse a facilitadora dos acordos no estado, o que não ocorreu.
"Queremos que a Unimed Curitiba chame as outras Unimeds para negociar junto. Eles estão acostumados a articular intercâmbios, estratégias de marketing e processos de mercado em todo o estado", avalia Freitas. Por esse motivo, a Coopcardio-PR aposta que a empresa poderia facilitar as negociações com as demais unidades no Paraná.
Por meio da assessoria de imprensa, a Unimed Curitiba confirmou que as negociações estão em andamento e alegou que, mesmo sendo referência para as demais Unimeds no Paraná, não tem o poder para estender um acordo ou exigir um posicionamento das demais unidades com relação aos cirurgiões cardiovasculares.
