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Durante sessão solene na Câmara

Meirelles defende Galípolo após deputados cobrarem redução da taxa de juros

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O presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o ex-presidente da instituição, Henrique Meirelles, participaram de um sessão solene em homenagem aos 60 anos do Banco Central na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (1º) (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

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Nesta terça-feira (1º), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foi cobrado por deputados sobre a adoção de medidas de contenção da taxa de juros, que está em 14,25%. Galípolo esteve na Câmara para participar de uma homenagem aos 60 anos do Banco Central.

Na ocasião, o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) disse que a alta taxa tem afetado a agricultura familiar. O parlamentar também reclamou das alterações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

“Ninguém se atreve a comprar uma máquina, por menor ou maior que seja, pagando 15% de juros. A indústria de máquinas vai parar e a de equipamentos agrícolas também”, disse Schuch ao discursar durante a sessão.

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Já o deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) disse que “os empresários estão insatisfeitos” com o Banco Central e questionou a independência e autonomia da instituição estão “a favor das necessidades do povo brasileiro”

“Venho em nome do povo brasileiro dizer que não aceitamos essa taxa de juros, não concordamos e que os fundamentos estão equivocados. Falo com base nos levantamentos que tenho feito nos principais bancos centrais do mundo”, afirmou.

Hauly ainda cobrou um corte na taxa de juros pela metade. De acordo com o deputado, o BC é o “responsável pelo retrocesso econômico do Brasil”.

Em sua fala, Galípolo disse que a abordagem dos deputados “não toca o problema de forma adequada”. De acordo com o presidente do BC, é preciso “normalizar a política monetária”. 

Galípolo ainda afirmou que existe “uma série de subsídios cruzados e perversos no Brasil” e disse que o Banco Central precisa aperfeiçoar a comunicação com o público. “Cabe à gente explicar o que faz e o porquê faz”, afirmou.

Meirelles, ex-presidente do BC, saiu em defesa de Galípolo

O ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, saiu em defesa de Galípolo e disse que uma taxa de juros “de acordo com outros países” é um desejo de todos, mas não basta um ato de vontade do BC para tornar isso realidade.

“É uma conquista para se chegar lá. Não é simplesmente um ato de vontade da autoridade monetária. O Banco Central tem critérios técnicos de projeção da inflação e de projeção do crescimento”, ressaltou.

“Pior do que taxa de juros elevada é inflação elevada. Nós já vivemos essa experiência e o brasileiro não quer mais”, completou.

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