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Política econômica

Meirelles reafirma que BC não exagerou no aperto monetário

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a descartar nesta quinta-feira que a autoridade monetária tenha exagerado no aumento da taxa básica de juro. Segundo ele, a inflação, embora abaixo do centro da meta de 4,5% definida para o ano, está dentro do intervalo de tolerância.

As afirmações foram feitas no mesmo dia em que o IBGE divulgou a taxa de desemprego aberto de setembro. Segundo o instituto, a taxa caiu para 10%, a menor desde janeiro. No entanto, a taxa ainda é maior que em igual período do ano passado, quando ficou em 9,6%.

Meirelles afirmou que em 2007 a inflação deverá ficar mais próxima do centro da meta, com margem de dois pontos percentuais para baixo e para cima, como neste ano.

- Se (a inflação) abaixo do centro da meta configurasse um erro, o centro não seria o centro, seria o piso - disse a jornalistas após participar de um evento em São Paulo.

- O BC acertou a dose da política monetária. Inflação na meta é uma inflação que orbita em torno do centro.

Meirelles preferiu não comentar movimentos futuros da política monetária e nem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta manhã.

Ele apenas disse que o BC considera o ritmo atual de queda "adequado".

- Se nós achássemos que a taxa de juro deveria cair em velocidade maior, já teríamos feito isso.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, corrobora com as opiniões de Meirelles, ressaltando que a ata do Copom sinaliza que a economia brasileira está sólida .

- A inflação está caminhando num patamar baixo e fiquei muito satisfeito com essa ata, quem vem corroborar com aquilo que nós temos dito. Não podemos esquecer que esse quadro econômico sólido está acontecendo na reta final da campanha eleitoral - afirmou.

Na ata, o Copom mencionou que "neste momento, uma redução de 0,50 ponto na taxa Selic resultaria em maior adequação das condições monetárias correntes à melhora significativa no cenário prospectivo para a inflação".

Semana passada, a Selic caiu para 13,75% ao ano. A taxa vem sendo reduzida desde setembro do ano passado, depois de ter sido mantida ou elevada por 16 meses.

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