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Varejo

Mercado é testado com lojas temporárias

Marcas e estilistas investem em negócios provisórios para aumentar faturamento e entender os consumidores

“Queremos aproveitar esse período de vendas maiores, mas também avaliar a possibilidade de voltar para a região.” Bel Raad, estilista e sócia da Beluska, que abriu uma loja temporária no bairro Batel, em Curitiba | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
“Queremos aproveitar esse período de vendas maiores, mas também avaliar a possibilidade de voltar para a região.” Bel Raad, estilista e sócia da Beluska, que abriu uma loja temporária no bairro Batel, em Curitiba (Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo)

A imensa maioria dos negócios são criados para durar, se não para sempre, por muitos anos. Mas nem todos. A estilista Bel Raad, por exemplo, abriu as portas da Beluska no bairro curitibano Batel, em novembro, já sabendo que vai fechá-las no dia 24 de dezembro. A ideia é aproveitar as semanas que antecedem o Natal para faturar até 40% a mais do que conseguiria só com a sua outra loja, no Juvevê. Bel é parte de um grupo de empresários que aposta em espaços temporários para aproveitar o aumento da demanda no fim do ano e também para testar novos mercados.

A estilista diz que foi uma das "vítimas da crise financeira internacional", e que pretende usar o espaço temporário para avaliar a recuperação do mercado. No ano passado, ela foi obrigada a fechar a loja que tinha no Batel. "Queremos aproveitar esse período de vendas maiores, mas também avaliar a possibilidade de voltar para a região. Sabemos que deixamos uma brecha. Então, pode ser uma nova oportunidade, em um ponto melhor", aposta.

O quiosque instalado no ParkShopping Barigui também será um termômetro para a aceitação da marca de cristais Swarovski na cidade. O espaço foi criado a partir de uma parceria com o shopping, que usa os cristais da grife na sua decoração de Natal. "Já estávamos estudando a praça e a possibilidade de abrir uma loja na cidade. Para nós, foi uma feliz coincidência, porque vamos poder conhecer melhor o público e o mercado enquanto finalizamos o estudo", diz a diretora geral da Swarovski no Brasil, Andréa Bedricovetchi

Segundo a executiva, ainda não há uma decisão sobre o local de instalação da loja, mas o quiosque temporário tem mostrado que os consumidores da cidade gostam e valorizam os produtos da marca. "Estamos muito felizes com a aceitação." Tão felizes que o modelo de espaço temporário, hoje só usado para essas parcerias, pode passar a ser utilizado em outras cidades.

Pop ups

Os espaços temporários são tradicionais no período de fim de ano, mas estão cada vez menos restritos a dezembro. Recen­temente, a loja da Capoani no shopping Crystal, em Curitiba, abrigou uma revenda do estilista Alexandre Herchcovitch, para divulgar e vender sua coleção de verão. Herchcovitch ainda não tem loja na cidade, mas a parceria serviu para avaliar o mercado e divulgar a marca, vendida na cidade em lojas multimarcas.

Ao redor do mundo, os espaços temporários ganharam dos marqueteiros o nome de "lojas pop up". Em linhas gerais, o que define o conceito é a possibilidade de explorar um lugar com uma concentração momentânea de público. Uma das mais recentes é a Casa de Criadores Loja Pop Up, aberta em São Paulo pelo jornalista e empresário André Hidalgo. A loja foi inaugurada em outubro e só vai funcionar por seis meses. Seu objetivo é divulgar o nome do evento Casa dos Criadores – idealizado por André e que, anualmente, apresenta ao mercado novos talentos do design de moda.

Marcas como Nivea e Nike também já testaram o conceito. A fabricante de artigos esportivos criou um espaço em maio para marcar o lançamento do "Movimento Canarinho" – nome dado a uma nova coleção, inspirada no futebol. A loja pop up Canarinho funcionou na Galeria do Rock, em São Paulo, por apenas 60 dias. As pop ups da Nivea, por sua vez, foram instaladas em shoppings do Rio de Janeiro e da capital paulista e funcionaram por três meses.

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