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SISTEMAS CONSTRUTIVOS

Mercado paulista acelera expansão da Tecverde

Especializada em casas pré-fabricadas, companhia está prestes a inaugurar uma nova fábrica, em Araucária, para atender à demanda crescente do interior de São Paulo

Justus, da Tecverde: mercado de SP está aberto à tecnologia | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Justus, da Tecverde: mercado de SP está aberto à tecnologia (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Três anos após adaptar a tecnologia construtiva alemã wood frame para a realidade brasileira, a paranaense Tecverde Engenharia se prepara para inaugurar uma nova fábrica, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

A nova unidade fabril custou R$ 10 milhões e vai sustentar a expansão da empresa nos próximos anos. Tem capacidade para produzir 2,5 mil casas por ano, dez vezes mais do que a empresa conseguia fazer na fábrica antiga, em Pinhais, também na Grande Curitiba.

Boa parte desse crescimento deve ser sustentada pelo mercado do interior paulista. É lá que a empresa vai abrir sua primeira filial fora do Paraná, na cidade de Vinhedo. O "chamado" veio do próprio mercado, diz Beto Justus, diretor da empresa. Segundo ele, 45% da demanda pelo sistema construtivo a Tecverde está no interior de São Paulo, principalmente no eixo Campinas-Jundiaí. "Fomos chamados para estar lá antes mesmo que tivéssemos condições de atender à região", conta Justus.

Nos próximos dois anos, a empresa planeja abrir, no mínimo, mais duas filiais no interior paulista. "Lá não é preciso convencer o cliente sobre casa ou apartamento. Além disso, as pessoas são mais abertas à tecnologia", diz Justus. Com grande potencial para condomínios horizontais, esse mercado deve puxar o avanço da Tecverde nos próximos dois anos, avalia.

Carros-chefes da Tecverde, as casas de alto padrão custam, em média, R$ 2,1 mil o metro quadrado. No ano passado foram 25 casas entregues. O preço é superior ao do metro quadrado da alvenaria – que, na média, sai por pouco mais de R$ 1,5 mil, em construções tocadas pelo dono da casa. Mas o sistema construtivo da Tecverde tem vantagens que superam o modelo convencional, garante Justus.

"Além do preço fechado na hora do contrato, o prazo de entrega é três vezes mais rápido. Uma casa de alto padrão, com 250 metros quadrados, por exemplo, é entregue pronta para morar em cinco meses. Não está sujeita a atrasos e outros contratempos que encarecem a obra de alvanaria", detalha Justus.

Essas vantagens são garantidas com mão de obra enxuta e a industrialização do processo, que chega a 70% – as paredes da casa já saem da fábrica com gesso e com toda a parte elétrica embutida. Quando estiver operando em plena capacidade, a fábrica terá entre 15 e 20 funcionários, incluindo a equipe responsável pela montagem das casas.

Interesse social

Outra aposta da empresa são as casas de interesse social. No ano passado, a Tecverde recebeu a homologação da Caixa Econômica Federal para construção de casas "verdes" para o programa Minha Casa Minha Vida, faixas 1 e 2. O primeiro projeto foi realizado em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Ao todo, 300 casas do Condomínio Haragano foram construídas com a tecnologia licenciada pela Tecverde. O metro quadrado das casas de interesse social, para o programa, custa R$ 750. As casas são entregues prontas para morar. "Por enquanto estamos negociando novos projetos com construtores que atuam no Paraná e em São Paulo, mas com o licenciamento da tecnologia qualquer lugar do país pode ter casas Tecverde", diz Justus.

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