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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, colegiado formado pela diretoria e presidente da instituição, se reúne nesta terça e quarta-feiras (7 e 8) e a expectativa dos economistas do mercado financeiro é de que a taxa básica de juros seja mantida novamente estável em 10,75% ao ano.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) pelo próprio BC, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus, fruto de pesquisa com os analistas na semana passada. A previsão do mercado é de que os juros avancem no decorrer de 2011, fechando o próximo ano em 12,25% ao ano, ou seja, um aumento de 1,5 ponto percentual.

Esta será a última reunião do Copom que terá o comando de Henrique Meirelles, que está deixando a presidência da autoridade monetária no fim de 2010 após oito anos. Em seu lugar, assume, no início do próximo mandato, em 2011, o diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele foi escolhido pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para comandar o BC.

Metas de inflação

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, as estimativas do mercado estão acima da meta central para os dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais. Neste momento, o BC já está calibrando os juros pensando em 2011.

IPCA

O mercado financeiro voltou a elevar, na última semana, a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que avançou de 5,72% para 5,78%. Essa foi a décima segunda semana seguida de aumento da previsão. Ao mesmo tempo, a expectativa dos analistas para o IPCA de 2011 permaneceu 5,20%. Deste modo, ambas estão acima da meta central (de 4,5%), mas dentro do intervalo de tolerância do sistema de metas (entre 2,5% e 6,5%).

Crescimento econômico

O mercado financeiro baixou, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 de 7,55% para 7,54%. Se confirmada, será a maior expansão desde 1985 (7,85%). Para 2011, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira foi mantida em 4,5%.

Taxa de câmbio

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 subiu de R$ 1,70 para R$ 1,71 por dólar. Para o fechamento de 2011, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio permaneceu em R$ 1,75 por dólar.

Balança comercial

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 recuou de US$ 16,30 bilhões para US$ 16,24 bilhões na semana passada.

Para 2011, o BC revelou nesta terça-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial caiu de US$ 8,5 bilhões para US$ 8 bilhões de superávit.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 foi mantida em US$ 30 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil subiu de US$ 36 bilhões para US$ 37,5 bilhões.

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