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Os líderes do Mercosul debatem nesta semana no Paraguai os desafios da integração econômica, numa reunião marcada pela ausência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

É a primeira vez que Chávez falta a um encontro do bloco desde que seu país decidiu aderir como membro pleno, no final de 2005. Ele estará em viagem oficial a Rússia, Belarus e Irã, e será representado na cúpula, que ocorre num hotel nos arredores de Assunção na sexta-feira, por seu vice, Jorge Rodríguez.

O encontro ocorre num momento de debate pela recusa do governo venezuelano em renovar a concessão do canal oposicionista RCTV e por uma aparente tensão com o Brasil pela insistência de Chávez em reformar o bloco.

O chanceler paraguaio, Rubén Ramírez, esclareceu na quarta-feira que o caso da RCTV não figura na agenda da cúpula e que a adesão da Venezuela ao bloco ainda está tramitando nos âmbitos técnicos.

A criação de um banco sul-americano de desenvolvimento, a possibilidade de fazer comércio com as moedas locais e as recorrentes queixas de Paraguai e Uruguai, sócios menores do Mercosul, contra as assimetrias regionais serão os principais tópicos do encontro.

Também haverá a discussão de mecanismos comuns de política cambial, monetária e fiscal para tornar mais previsível a região agora que foi conquistada a estabilidade macro-econômica.

"A coordenação de políticas macro-econômicas é fundamental porque no processo de construção comunitária, até este momento, abordamos basicamente a política comercial", disse Ramírez.

Os países discutirão também o resultado das negociações globais de comércio depois do fracasso das conversações entre Estados Unidos, União Européia, Brasil e Índia, na semana passada na Alemanha.

"É um tema que vamos tratar aqui, porque na medida que não se eliminem as distorções comerciais na agricultura e não se gere um verdadeiro acesso aos mercados eliminando os subsídios não vamos poder competir em igualdade de condições", afirmou Ramírez.

O ministro paraguaio anunciou que os países do Mercosul celebrarão uma reunião com negociadores europeus em setembro em Lisboa para discutir o relançamento das paralisadas conversações em busca de um pacto de livre comércio.

O governo anfitrião confirmou a presença dos presidentes de Argentina, Néstor Kirchner; Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; e Uruguai, Tabaré Vázquez; que são os membros plenos do Mercosul, junto com Paraguai e Venezuela.

Confirmaram presença também os governantes de Bolívia, Chile e Equador, que são Estados associados. O colombiano Álvaro Uribe, o peruano Alan García e o mexicano Felipe Calderón foram convidados, mas declinaram.

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