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Os comandantes das duas maiores redes paranaenses de supermercados, Joanir Zonta, do grupo Condor, e Éverton Mufatto, do Mufatto, estiveram ontem, lado a lado, para anunciar o balanço da 25.ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados (Mercosuper). A noite, Zonta transmitiu o cargo de presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) para Mufatto. Os números apresentados por eles confirmam o que as pesquisas de consumo mostraram ao longo dos últimos meses: o setor supermercadista sofreu desaceleração nas vendas, especialmente nos estados do Sul, muito afetados pela seca e pela frustração de duas safras agrícolas.

Segundo estimativa da Apras, organizadora do evento, R$ 500 milhões em negócios foram fechados nos três dias da feira, resultado semelhante ao obtido no ano passado. O número de visitantes também chegou ao previsto, cerca de 38 mil, um pouco mais do que os 33 mil da edição passada.

Os dois empresários não esconderam a expectativa para o anúncio, que acontece hoje em São Paulo, do ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que lista, por ordem de faturamento, as maiores redes do país. No ranking do ano passado, a Rede Mufatto estava na 11.ª posição, seguida pela Rede Condor, na 12.ª posição. Apesar de evitar tocar no assunto os presidentes reconheceram que pode haver mudança de posições. "Nossas empresas estão muito próximas em tamanho e faturamento", disse Éverton Mufatto. A rede Condor tem hoje 23 lojas no estado, sendo 7 hipermercados. A Mufatto, que nasceu em Cascavel e tem sede administrativa em Londrina, tem 20 lojas no estado, sendo 10 hipermercados.

Joanir Zonta e Éverton Mufatto aproveitaram o último dia da Mercosuper para a troca oficial do cargo de presidente da Apras. Mufatto passa a ocupar a presidência da entidade, após mandato de cinco anos de Zonta. Para o dono do Condor, as maiores conquistas da sua gestão foram a união do setor supermercadista e a aproximação com o poder público. Mufatto espera continuar o trabalho da gestão anterior.

Um dos 15 lançamentos nacionais da feira foi feito pelo empresário Vanderlei Micheletto, da paranaense Mili S.A, que aproveitou a Mercosuper para lançar edições especiais comemorativas da Copa do Mundo de dois produtos que comercializa. Papel higiênico e toalha de papel ganharam embalagens em verde e amarelo.

O diretor da Mili, a maior do setor no sul do país, espera fechar R$ 3 milhões em negócios na feira. "Para nós é muito importante participar destes eventos, pois somos totalmente voltados para negócios", diz Micheletto.

A Mili vive um momento especial. Fundada há 23 anos por Micheletto, numa sexta-feira 13, a empresa, que sofreu um susto no ano passado quando o centro de estoque pegou fogo, está pronta para se firmar no mercado nacional.

No mês de abril, duas unidades de distribuição foram abertas, uma em Alagoas e outra em São Paulo. "Já atuamos no mercado nacional, mas queremos expandir", comemora. O crescimento estimado da empresa, hoje com 800 funcionários, é de 10%. O faturamento para 2006 está estimado em R$ 300 milhões.

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