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Os metalúrgicos da empresa Bosch, de Curitiba, paralisaram suas atividades por quatro horas – duas horas no turno da manhã e duas à tarde – nesta quarta-feira (28). Segundo a assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (SMC), o protesto desta quarta foi uma atitude de repúdio às supostas práticas de intimidação por parte da multinacional na tentativa de desmobilizar os trabalhadores, que realizam paralisações por reajustes salariais há 13 dias.

Durante a paralisação, os trabalhadores realizaram uma assembleia da categoria em frente à empresa, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), na região Sul da capital. Durante a reunião, segundo o SMC, os metalúrgicos relataram casos de ligações "em tom ameaçador" e reuniões dentro da fábrica com coação aos trabalhadores para que aceitem as propostas da empresa.

Além de organizar o protesto, o sindicato enviou um ofício relatando as denúncias de assédio moral ao coordenador geral do Comitê Mundial de Trabalhadores da Bosch, na Alemanha – sede da multinacional –, Albert Löckle, que tem assento no Conselho Administrativo da empresa. O mesmo documento foi enviado a IGMetall, entidade sindical que representa os metalúrgicos na Alemanha, ao governador Beto Richa (PSDB) e ao secretário estadual do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli.

Segundo a assessoria da Bosch, a paralisação dos trabalhadores foi de apenas uma hora no turno da tarde. Sobre a denúncia de assédio moral, a assessoria enviou, ainda, uma nota oficial na qual esclarece que a multinacional "não incentiva ou compactua com qualquer tipo de prática de assédio moral". Ainda segundo a nota, a Boch respeita a liberdade de manifestação dos colaboradores e, como nenhuma das propostas de reajuste da empresa foi aceita pelo Sindicato, a multinacional está estudando os próximos passos a serem tomados.

Paralisações

Há 13 dias, metalúrgicos da fábrica da Bosch na capital paranaense promovem interrupções temporárias na linha de produção. Eles pedem um reajuste 3% de aumento real (além da inflação, que soma hoje cerca de 6%), e mais um abono salarial de no mínimo R$ 3,5 mil – igual ao pago no ano passado, segundo o SMC.

Os metalúrgicos rejeitaram a contraproposta de reajustes e benefícios apresentada pela empresa na última segunda-feira (26), quando a multinacional ofereceu aos trabalhadores, entre outros benefícios, um reajuste de 7,5%, o que significa cerca de 6% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 1,5% de aumento real.

O abono salarial proposto é o pedido pelos trabalhadores como mínimo, no valor de R$ 3,5 mil. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2013, por essa proposta, também teria um aumento de 7,5% em relação ao valor pago em 2012 para o cumprimento de 100% das metas, segundo a empresa.

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