Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
São José dos Campos

Metalúrgicos da GM entram em greve e param a Dutra

Protesto é contra a possível demissão de 1,5 mil funcionários de uma das linhas de montagem na unidade da cidade do interior paulista

Metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos (SP), entraram nesta terça-feira (22) em greve de 24 horas em protesto contra a possível demissão de 1,5 mil funcionários de uma das linhas de montagem na unidade da cidade do interior paulista.

O protesto fechou ainda, entre 6h30 e 7h30, a via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, na altura do quilômetro 142, e ainda causava congestionamento, no início da manhã, no sentido da capital paulista e cinco no sentido do Rio de Janeiro, depois da liberação das pistas, segundo a concessionária NovaDutra.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, aproximadamente 5 mil funcionários do primeiro turno da unidade estão parados. "A greve deve permanecer até amanhã, quando haverá, às 9 horas, uma reunião de conciliação entre os trabalhadores, representantes da GM e dos ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior", disse Macapá.

Segundo ele, os trabalhadores querem que a GM seja proibida pelo governo de demitir os metalúrgicos na linha de montagem do Classic, que já produziu os modelos fora de linha Corsa, Zafira e Meriva. "A companhia tem benefícios do governo com a redução do IPI e mantém a política de demissão", criticou o presidente do sindicato.

Desde agosto, 800 trabalhadores da montadora estão em sistema de lay-off, ou seja, com o contrato de trabalho suspenso na unidade. Em dezembro, a GM estendeu o lay-off até sábado próximo (26) e decidiu manter a produção do veículo Classic. O temor do sindicato é que esses funcionários e outros 700, que ainda estão trabalhando, sejam demitidos. A montadora realizou ainda Plano de Demissão Voluntária (PDV) e 300 aceitaram a proposta.

Várias reuniões entre os sindicalistas e a GM terminaram sem acordo. A montadora avalia que as negociações continuam e que os sindicalistas não apresentaram propostas concretas para que a empresa mantenha a competitividade da planta, entre elas a possível jornada de trabalho flexível.Além da reunião, na quarta-feira (23) será realizado o chamado "Dia de Ação Global Contra os Ataques da GM", mobilização em cinco países além do Brasil: Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Colômbia e Argentina.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.