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Greve

Metalúrgicos da Renault e Volks fazem 2.ª paralisação

Depois da paralisação de 24 horas na última segunda-feira, os cerca de 8 mil metalúrgicos das montadoras Renault e Volkswagen, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, continuam com todas as atividades paradas por, pelo menos, 48 horas. A categoria não aceitou a proposta salarial do Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) de 0,5% de aumento real e correção da inflação acumulada em 12 meses, de 7,60%. Já os cerca de 2,6 mil funcionários da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), voltaram ao trabalho e aguardam as negociações, uma vez que a empresa comprometeu-se a apresentar uma proposta para ser discutida amanhã.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), novas assembléias serão realizadas na porta das duas fábricas em São José dos Pinhais e, se a proposta do Sinfavea não for alterada, a paralisação deve continuar. "O trabalhador continua mobilizado enquanto as montadoras não apresentarem uma proposta digna, equivalente ao lucro que estão tendo", afirma o presidente do SMC, Sérgio Butka. Os trabalhadores pedem 5% de aumento real, correção da inflação e abono de R$ 1,5 mil, totalizando um reajuste de 13%.

De acordo com o advogado do Sinfavea, Carlos Roberto Ribas Santiago, uma reunião para novas negociações deve ocorrer ainda hoje para que os trabalhadores façam a apreciação nas assembléias de quinta-feira. Para o sindicato, a greve prejudicou os acertos salariais. "Foi uma surpresa muito grande para as fábricas, já que estávamos em pleno processo de negociação. Se não houvesse a paralisação, a situação poderia estar resolvida."

O SMC informou que, nos primeiros dois dias de greve na Volkswagen, 1,7 mil automóveis deixaram de ser produzidos. A assessoria de imprensa da montadora informou que não vai comentar o assunto e não confirma os números de produção. Já na Renault, segundo a assessoria, 600 veículos, em média, deixam de ser fabricados diariamente. Na Volvo, nas 24 horas de paralisação, não foram fabricados 65 caminhões e sete ônibus, segundo informações da assessoria de imprensa.

A proposta salarial das montadoras é inferior à de 2007, quando os metalúrgicos conseguiram, depois de quatro dias de greve na Renault e Volkswagen, um aumento real de 2,5% mais a correção da inflação, totalizando reajuste de 7,44%.

Receita Federal

O atendimento ao público na sede da Receita Federal em Curitiba está reduzido, por conta do protesto dos funcionários contra o fim da carreira específica da categoria. A criação da Super Receita, em maio de 2007, unificou a administração da Receita Federal e Previdência Social. Com isso, os cerca de 400 atendimentos por dia na capital foram reduzidos para apenas 200. Ontem, os funcionários ficaram parados por cerca de duas horas em reuniões para definir a situação dos servidores. A previsão para hoje é fornecer um número ainda menor de senhas.

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