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Os 3,5 mil metalúrgicos da Volkswagen de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, não vão trabalhar neste fim de semana. Os trabalhadores tinham programadas três horas de compensação de feriado e horas extras. A decisão foi tomada em assembleia na quinta-feira (13), na qual foi dado o prazo de 24 horas para a montadora apresentar uma proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A exigência é de que a proposta seja a mesma feita para os trabalhadores de São Paulo, com R$ 4,3 mil para a primeira parcela.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, em São Paulo, tem sete mil trabalhadores e produz 1.050 carros por dia. No Paraná, são 2,9 mil metalúrgicos que produzem 800 veículos diários, o que representaria 80% a mais de produtividade.

Procurada pela Gazeta do Povo, a Volkswagen informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se posicionar sobre o assunto nesta etapa das negociações.

Renault

Os trabalhadores da Renault, cuja fábrica também fica em São José dos Pinhais, estão em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira (14), em assembleia. Os metalúrgicos rejeitaram a nova proposta de PLR da empresa, que mantinha os valores de R$ 7,5 mil no total com pagamento mínimo de R$ 6,2 mil, mas retirava as exigências de produção de 187 mil veículos e participação de 5% no mercado nacional, consideradas inatingíveis pelos trabalhadores.

A reivindicação é por uma PLR de valor total de R$ 9 mil ou com uma primeira parcela maior que a atual proposta da empresa, de R$ 4.750. O presidente do SMC, Sérgio Butka, afirma que esse é o patamar que está sendo negociado por outras montadoras, como a Ford, que tem fábrica em São Bernardo do Campo, em São Paulo.

A assessoria de imprensa da Renault afirmou que considera a proposta de PLR muito boa e compatível com o mercado de automóveis. No momento, não há intenção de aumentar os valores, mas a empresa decidiu incluir a meta de qualidade de produção para o cálculo do benefício, por causa da reação dos trabalhadores. Além do indicativo de qualidade, o crescimento no mercado interno e a produção serão usados para calcular a PLR.

Os metalúrgicos devem realizar uma nova assembleia na segunda-feira (17), para definir os rumos da mobilização. Com 3,5 mil empregados, a Renault fabrica 760 veículos por dia. Com a greve, deixou de produzir 1,52 mil unidades.

Outras empresas

Nesta sexta (14), os metalúrgicos da Volvo deram um prazo de 48 horas para a empresa apresentar uma proposta de PLR. Eles exigem um valor mínimo de R$ 10 mil, o pagamento da primeira parcela em um valor similar ao das outras montadoras no dia 28 de maio, extinção da avaliação individual e a utilização somente dos blocos I e II para avaliação e pagamento da PLR em 2010. Na próxima terça-feira (18), os trabalhadores realizam uma assembleia para avaliar a possibilidade de uma greve.

Os metalúrgicos da Boschjá realizaram um protesto de paralisação na quarta-feira (12), por conta da demora da empresa em apresentar a proposta de PLR. Na segunda-feira (17), os trabalhadores fazem nova assembleia para definir a mobilização.

Os trabalhadores da New Holland também rejeitaram a proposta de PLR de R$ 3,8 mil, com adiantamento de R$ 1,9 mil, apresentada pela empresa. Eles exigem no mínimo 80% do que for fechado nas montadoras instaladas no Paraná. Uma nova assembleia está marcada para a terça-feira (18).

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