Os metalúrgicos de três montadoras de veículos de Curitiba e São José dos Pinhais, na região metropolitana, realizaram manifestações em frente das fábricas nesta quinta-feira (13). Cerca de 10 mil trabalhadores paralisaram a produção das empresas durante uma hora, na entrada dos turnos.
A montadora Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, ficou paralisada entre as 8 e 9 horas, segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Cerca de três mil trabalhadores, entre metalúrgicos e prestadores de serviço, participaram da manifestação.
Durante a tarde, houve paralisação em duas montadoras de São José dos Pinhais. Aproximadamente 3,6 mil trabalhadores da Volkswagen-Audi e 3,8 mil da Renault-Nissan participaram do protesto entre as 14 e 15 horas. Segundo informações do sindicato dos metalúrgicos, na paralisação desta quinta-feira a Volks deixou de produzir cerca de 50 veículos. Na Renault, o prejuízo foi de 40 automóveis e na Volvo, 4 caminhões e 1 ônibus.
Segundo os representantes dos trabalhadores, depois de quatro rodadas de negociações salariais com o Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) não houve acordo. O Sindicato dos Metalúrgicos afirma que a entidade patronal se negou a apresentar uma proposta salarial para a categoria, que tem data-base em 1º de setembro e está em Campanha Salarial.
Os trabalhadores reivindicam reposição de 4,82%, pelas perdas com inflação nos últimos doze meses. Eles querem, também, aumento real dos salários, mas não estabeleceram um valor. Os representantes dos trabalhadores devem se reunir com o sindicato patronal na próxima segunda-feira (17) para continuar as negociações.
Os representantes do Sinfavea não foram encontrados para comentar a paralisação.



