Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
habitação

Minha Casa, Minha Vida precisa de teto maior, diz mercado

Com a valorização dos imóveis e dificuldade de encontrar terreno em algumas cidades, financiamento pelo programa do governo pode se tornar inviável

Diante da expressiva valorização do mercado imobiliário, fontes do mercado avaliam que será preciso elevar o valor máximo do imóvel que pode ser financiado pelo FGTS no programa Minha Casa, Minha Vida, de R$ 130 mil para algo entre R$ 150 mil e R$ 170 mil. "Se for mantido, o atual teto pode tornar o programa inviável para regiões como São Paulo, onde terrenos disponíveis são cada vez mais escassos e os preços continuam subindo", defende Alexandre L. Frankel, presidente da Vitacon Participações, empresa que é especializada em projetos de alto padrão e tem apenas um grande projeto em aprovação nesse faixa de renda, de R$ 100 mil a R$ 110 mil.

Especialistas do setor afirmam que o ponto mais importante a ser definido em relação ao futuro do programa governamental é a questão que envolve os tetos por faixa de renda e os respectivos subsídios. A Caixa Econômica Federal deve divulgar até sexta-feira um balanço detalhado do programa Minha Casa, Minha Vida referente a 2010, além do desempenho apurado neste início de ano. Por conta do anúncio, a instituição adotou a política de não conceder entrevistas sobre a questão até o dia da divulgação. Entre os pontos que serão detalhados, a Caixa deve informar qual foi o volume contratado por faixa de renda. Originalmente, a meta do governo era contratar 400 mil unidades para famílias com renda de até três salários, outras 400 mil na faixa de três a seis salários e 200 mil na faixa de seis a dez.

Em 29 de dezembro, ao divulgar números nacionais do programa, o governo comemorou a superação da meta, com 1,003 milhão de habitações contratadas em todas as faixas de renda, atingindo R$ 52,98 bilhões em investimentos. Na ocasião do anúncio, o ministro das Cidades, Marcio Fortes, ressaltou que desde o início do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, até agora, foram investidos mais de R$ 250 bilhões em habitação. O Conselho Curador do FGTS já tem aprovado um orçamento de R$ 46,9 bilhões para este ano, sendo R$ 30,6 bilhões para habitação em geral, incluindo o programa. Entre 2011 e 2014, a meta do programa é contratar mais 2 milhões de moradias.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.