O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou nesta quarta-feira (23) que o preço mínimo do trigo que entrará em vigor no dia 1º de julho foi reduzido em 10%. A decisão foi tomada ontem (22) em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), mas não tinha sido divulgada qual seria a redução. "O preço mínimo estava muito acima do praticado no mercado" disse Rossi, por meio de nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, após reunião dele com cerca de 40 representantes da cadeia produtiva do trigo para analisar as políticas de curto e médio prazos para o setor.
Há um ano, foram estabelecidos os preços mínimos de R$ 441 por tonelada do trigo tipo brando, considerado de pior qualidade, de R$ 530 para o tipo pão e de R$ 555 para o tipo melhorador. A intenção era estimular a produção nacional, que atualmente atende apenas à metade do consumo da população. O novo valor máximo pago aos produtores pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), com essa medida, será de R$ 499,50.
Segundo o ministro, os novos patamares de preço continuam acima dos registrados nas principais regiões produtoras de trigo do país. "O valor é quase 50% acima do que é pago no Paraná, e não é possível manter essa situação. O agricultor não pode produzir para entregar ao governo, mas ao mercado."
Essa é a primeira vez que há uma redução de valores na PGPM desde que ela foi criada, em 1943. O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, disse ontem que a tese defendida para adoção dessa medida é que é preciso reduzir os preços mínimos quando for possível para elevá-lo com agilidade quando for preciso.
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