O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse que não foi discutido na reunião no Palácio do Planalto, realizada nesta quarta-feira, um novo modelo de concessões de estradas federais, o que provoca uma forte alta das ações de empresas ligadas ao setor de construção de estradas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
- Não se discutiu modelo de concessões. Não está se discutindo novo modelo, não se tratou de novo modelo com o presidente. O trabalho é em cima do que já foi feito - disse o ministro.
A preocupação de Lula, segundo Paulo Sérgio Passos, é de se conseguir a menor tarifa de pedágio possível para o usuário. O presidente deu um prazo de 15 dias para que o Ministérios dos Transportes e da Fazenda, a Casa Civil, e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apresentem um parecer sobre a concessão dos 7 trechos de rodovias, com 2,6 mil quilômetros.
- O presidente tem uma preocupação muito grande com a modicidade tarifária. Todas as vezes que vamos discutir este assunto, ele tem sido muito exigente no que diz respeito ao que venha representar modicidade para o usuário - contou o ministro.
A concessão das estradas está sendo estudada pelo governo desde 1999.
Entre as rodovias que passariam para a iniciativa privada estão a Fernão Dias, no trecho que liga São Paulo a Belo Horizonte (MG), e a Régis Bittencourt, de São Paulo a Curitiba (PR), além da BR-101, no Rio.
Na semana passada, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia dito que o modelo seria revisto. A declaração foi suficiente para provocar uma queda de mais de 12% das ações ligadas ao setor de construção de estradas na Bolsa de Valores de São Paulo .
Nesta quarta-feira, após as declarações de Paulo Sérgio Passos, as ações se recuperam.
Os papéis ordinários da CCR sobem 3,34%, para R$ 27,18, com a maior alta do índice Ibovespa, do qual passou a participar desde o início o mês. As da OHL sobem 5,35%, a R$ 31,50. Já a Bovespa registrava leve alta, de 0,30%, a 42.754 pontos.
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