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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim –que subordinado ao ministro – deram ontem versões opostas sobre o andamento do programa brasileiro de energia nuclear.

Em evento no Rio de Janeiro, Lobão disse que o governo brasileiro vai manter o plano de expansão de energia nuclear na matriz energética nacional, que envolve, além da usina nuclear Angra 3, a construção de mais quatro usinas. Por sua vez, Tolmasquim avisou, em evento em São Paulo, que a construção de novas usinas nucleares no Brasil está em reavaliação após os incidentes com a usina de Fukushima, no Japão.

O ministro explicou que pediu, na ocasião do acidente, que as estatais Eletro­nuclear e EPE fizessem estudos para avaliar a segurança das usinas existentes no Brasil e um possível projeto de expansão. "Não vimos problema algum. Aquilo que aconteceu no Japão foi causado por um tsunami, por catástrofe natural", disse Lobão.

Questão suspensa

A versão de Tolmasquim é diferente. "Tínhamos no plano de médio prazo a construção de quatro usinas até 2030, mas essa é uma questão que está em suspensão justamente por causa do que aconteceu [no Japão]". De acordo com o Tolmasquim, o único projeto previsto no curto prazo é o a da construção de Angra 3, cujas obras já estão sendo tocadas pela Eletronuclear.

Apesar de estar revendo a construção das outras quatro usinas, o executivo afirmou que o governo não está descartando investimentos em energia nuclear no Brasil. "A fonte não está descartada. Estamos vendo o que está acontecendo no mundo para tomar uma decisão cautelosa. Não temos pressa", disse.

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