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Linha da Renault: marca francesa aumentou número de funcionários em 20% | Cesar Ferrari/Reuters
Linha da Renault: marca francesa aumentou número de funcionários em 20%| Foto: Cesar Ferrari/Reuters

Consórcios crescem 32% no 1º semestre

A venda de consórcios de veículos leves (como automóveis e caminhonetes) cresceu 32,5% no primeiro semestre de 2010, em relação ao mesmo período do ano passado, com 260,2 mil unidades comercializadas. Nos veículos pesados (caminhões, ônibus e tratores), o desempenho foi mais fraco, com expansão de 3,1% e 20,1 mil cotas comercializadas. O setor de consórcios como um todo cresceu 10,1% no período, com a venda de 1,02 milhão de novas cotas. O total de participantes chegou a 3,88 milhões, expansão de 6%, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

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O polo automotivo paranaense deve fechar este ano com um recorde histórico de produção. A previsão é de que as três montadoras instaladas na região metropolitana de Curitiba (RMC) atinjam a marca de 400 mil veículos, superando o resultado de 2008, quando 360,5 mil veículos foram fabricados no estado. A projeção foi feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieco­nômicos do Paraná (Dieese-PR) e tem como base os dados de atividade das empresas no primeiro semestre apresentados pela Asso­ciação Nacional dos Fabri­cantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A se confirmar o recorde, a produção paranaense terá crescido 14% sobre 2009. O índice fica acima da projeção da Anfavea para o mercado nacional, que deve crescer 8% em 2010, atingindo 3,4 milhões de unidades. Com isso, o Paraná responderá por 11,7% da produção nacional de veículos automotores.

Acumulado

De janeiro a junho deste ano, Volkswagen, Renault-Nissan e Volvo produziram juntas 204,2 mil veículos no Paraná, um crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. O índice também é superior à média nacional, que teve expansão de 19,4% na mesma base de comparação. "Historicamente, de acordo com a Anfavea, o segundo semestre do ano tende a ser melhor para a produção de veículos. "Analisan­do os resultados do primeiro se­­mestre, fica evidente que a base de com­­­paração é baixa, em função dos efeitos da crise no setor automotivo [no início de 2009]. Mas não deixa de ser um crescimento expressivo das montadoras instaladas no Paraná", avalia Cid Cor­deiro, economista do Dieese.

Segundo ele, o recorde deverá ser batido mesmo se houver uma queda no ritmo de crescimento no segundo semestre. "Mesmo com o fim da redução do IPI dos automóveis no mês de abril, o ritmo das vendas continua alto, sustentado pelo crédito e pelo aumento da renda do trabalhador. Haverá, sem dúvida, uma acomodação, mas o mercado automotivo tem espaço e continuará crescendo", prevê Cordeiro.

Outro dado apresentado pelo Dieese foi a recuperação das exportações, após acentuada queda em 2009 em função da crise econômica internacional. No primeiro semestre de 2010, as montadoras exportaram 50,9 mil veículos, um crescimento de 48% sobre o mesmo período do ano passado.

Com isso, a participação das exportações no total da produção das montadoras paranaenses chegou próximo aos 25%. A Renault teve o melhor nível de recuperação do mercado externo, com crescimento de 129% no volume de ex­­portações, seguida por Volvo caminhões (74%), Volkswagen (33%).

O presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Jamil Dávila, garante que o bom desempenho do setor será usado como argumento na negociação da data-base. Ainda hoje, o sindicato deve ratificar em assembleias com os trabalhadores das três montadoras a pauta de reivindicações deste ano. O documento será encaminhado ao Sinfavea, sindicato patronal.

Empregos

No primeiro semestre, as montadoras contrataram 839 novos trabalhadores, com um crescimento de 13% sobre o nível de emprego do ano passado. Juntas, as três empresas somam 7.402 trabalhadores diretos na produção. A Renault foi a montadora que mais aumentou seu quadro de pessoal, com acréscimo de 20,5%. "A Renault trabalha com dois turnos completos e o chamado turno complementar – com 60 funcionários no período da noite. Hoje, internamente, cogita-se a abertura do terceiro turno até o fim do ano", garante o delegado sindical Alceu Luiz. A abertura do terceiro turno demandaria a contratação de cerca de 900 funcionários.

As metas de produção das fábricas instaladas no Pa­­raná, bem como a projeção da An­­­favea para 2010 (que não inclui recortes regionais) também indicam que a marca de 400 mil veículos produzidos no ano pode ser alcançada.

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