Os investimentos da indústria automotiva no país vão somar US$ 11,2 bilhões entre 2010 e 2012, segundo o novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, da Fiat, que toma posse nesta sexta à noite. Ele foi eleito para o triênio 2010-2013 em substituição a Jackson Schneider, executivo da Mercedes-Benz. De 2007 a 2009, foram investidos US$ 8,1 bilhões.
A capacidade instalada atual é de produção de 4,3 milhões de veículos por ano. "Algumas montadoras vão investir mais em produtos, outras em capacidade", disse.
Belini defendeu que haja um "choque de competitividade". Para isso, é necessária a realização de pesquisas e atuação da indústria junto ao governo. Segundo ele, os caminhões cegonheiros que transportam os carros novos do Sudeste para o Norte e Nordeste do país vão cheias e voltam vazios. Seria interessante, na sua avaliação, o uso da navegação de cabotagem para transportar automóveis.
"Um novo cenário mundial está se desenvolvendo. Sobra capacidade nos mercados desenvolvidos, e os emergentes estão crescendo acima da média mundial", acrescentou. Ele afirmou ainda que os juros são necessários para manter a inflação sob controle e que, numa prestação, significam "menos que um pedaço de pizza".
Vendas
Cledorvino Belini também afirmou que, conforme estimativa preliminar, as vendas de veículos novos no país em abril vão somar 280 mil unidades. Belini toma posse hoje à noite.
Segundo ele, foram vendidas em média 13,7 mil unidades por dia em abril, ante 15,3 mil veículos por dia em março. No mês passado, o volume de veículos vendidos totalizou 353,7 mil unidades, o que representou recorde histórico.
A produção de veículos no mercado brasileiro também alcançou patamar recorde em março, de 331 mil unidades. Belini disse ainda não ter os dados preliminares de produção de abril, mas afirmou que o volume "foi forte para recuperar o estoque regulador". A expectativa é que o Brasil exporte 530 mil unidades em 2010, ante 475 mil unidades em 2009.



