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Mutirão da telefonia começa com pouca informação

A mobilização dos clientes se mostrou desigual em lojas das quatro operadoras de telefonia móvel que se comprometeram a fazer um mutirão durante todo este mês para resolver reclamações no Paraná. O esforço começou ontem.

"Algumas lojas tiveram ampla procura, outras menos. Mas isso tem sido proporcional à fatia de participação delas no mercado", afirma José Américo, diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). O sindicato e as operadoras não divulgaram estatísticas de atendimento.

Chamou atenção o fato de as lojas não afixarem avisos na entrada para orientar consumidores sobre a iniciativa. Até ontem, apenas a TIM e a Claro usavam seus sites para avisar clientes paranaenses sobre o mutirão. As páginas da Oi e da Vivo ignoraram o assunto.

Segundo José Américo, o termo de ajuste de conduta (TAC) firmado em junho com o Ministério Público e o Procon-PR não prevê ações de divulgação por parte das empresas. A estratégia deve ficar a cargo do SindiTelebrasil, que planeja inserções em rádio, TV e impressos. "As empresas que tomaram a iniciativa de avisar o consumidor o fizeram por conta própria", diz o diretor, que calcula que o plano de mídia deve abranger 100% da população que usa celular no Paraná.

Segundo a entidade, são cerca de 1,1 mil pontos de atendimento. Nas cidades onde não houver lojas, o pedido deverá ser feito por formulário nos Correios. Os prazos de resposta são de cinco dias úteis no atendimento nas lojas e dez via Correios.

O mutirão faz parte das medidas propostas após a CPI da Telefonia Móvel da Assembleia Legislativa, cujo relatório menciona haver cerca de 15 mil reclamações não resolvidas no estado.

Demora

Apesar de algumas lojas apresentarem, segundo o SindiTelebrasil, alta procura por atendimento, ainda havia desinformação entre clientes e até funcionários. "Nem estou sabendo de nada", era a resposta comum de clientes ouvidos pela Gazeta do Povo. Em uma loja da TIM no Centro de Curitiba, um vendedor confessou desconhecer o mutirão.

Clientes também reclamaram da demora no atendimento em algumas lojas. Foi o caso da esteticista Sirlene Maria, 53 anos, que viajou ontem de Pontal do Paraná a Curitiba para tentar resolver problemas com duas operadoras. Ela afirma ser cliente das quatro operadoras e estar tendo dificuldade para ser incluída em planos especiais.

"Já anotei diversos protocolos de atendimento, nunca deu certo. Por isso tentei o mutirão", diz ela, que foi vencida pelo cansaço e voltou para casa sem resolver o problema. As empresas pedem calma: a primeira e a última semana do mutirão, segundo elas, devem ser as de maior procura.

Serviço

O mutirão das empresas de telefonia no Paraná ocorre durante todo o mês de agosto, em cerca de 1,1 mil pontos de venda (lojas e revendedoras) no Paraná, e via Correios.

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