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Previsão

Na Ata do Copom, BC vê espaço para cortes de juro, mas diz que agirá com cautela

As afirmações constam da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a Selic foi reduzida em 1,0 ponto percentual, para 10,25% ao ano

O cenário inflacionário continua benigno no Brasil, o que dá espaço para mais cortes do juro básico, mas o Banco Central precisa agir com cautela para assegurar que a estabilidade dos preços não seja comprometida. As afirmações constam da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a Selic foi reduzida em 1,0 ponto percentual, para 10,25% ao ano.

"O Copom avalia que, diante dos sinais de arrefecimento do ritmo de atividade econômica... e do recuo das expectativas de inflação para horizontes relevantes, continuaram se consolidando as perspectivas de concretização de um cenário inflacionário benigno", apontou na ata divulgada nesta quinta-feira.

"Ainda assim, a despeito de haver margem para um processo de flexibilização, a política monetária deve manter postura cautelosa, visando assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas."

O cenário de referência do BC, a projeção de inflação em 2009 recuou frente à reunião anterior e encontra-se "sensivelmente abaixo" do centro da meta, que é de 4,5%.

Quanto a reajuste da energia elétrica neste ano, o Copom revisou para baixo. Na ata do encontro realizado na semana passada, consta que a tarifa da eletricidade deve aumentar 6,3% em 2009. No documento da reunião realizada em março, a expectativa era de elevação de 7,6% para o mesmo intervalo.

Para a telefonia fixa, no entanto, foi conservada a estimativa de elevação de 5% na tarifa neste calendário. A previsão é idêntica àquela considerada no encontro ocorrido em março.

O Copom também repetiu a previsão de reajuste zero para gasolina e para o gás de bujão em 2009. Assim como fez em março, o comitê chama a atenção para a volatilidade dos preços do petróleo e a elevada incerteza envolvendo a cotação do produto. Voltou a notar que o cenário central de trabalho adotado pelo comitê permanece plausível, mas, "a persistir o quadro atual do mercado de petróleo, não parece prudente descartar por completo a hipótese de que ocorra redução de preços".

"Cabe assinalar, entretanto, que, independentemente do comportamento dos preços domésticos da gasolina, a redução dos preços internacionais do petróleo, verificada desde o segundo semestre de 2008, pode eventualmente se transmitir à economia doméstica tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto pelo efeito potencial sobre as expectativas de inflação", ressalta a ata.

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