A 38.ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Ponta Grossa (Efapi), que começou nesta quinta-feira (10), nos Campos Gerais, quer provar que 2015 não será apenas de retração nos eventos do agronegócio. Apesar da crise econômica, que impactou no faturamento das duas principais feiras agropecuárias do país – Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e Expointer, em Esteio (RS) –, a organização da Efapi projeta negócios na ordem de R$ 70 milhões, 40% maior em relação a 2014 (R$ 50 milhões). Cerca de 300 mil visitantes são esperados em seis dias de programação.
O otimismo com o bom desempenho da Efapi vem do momento do agronegócio. Apesar do aumento do custo da produção, o câmbio tem favorecido a venda de grãos. “A nova safra vem com preços maiores por causa do dólar alto. Isso proporciona que os produtores possam fazer investimentos”, argumenta o secretário de Agricultura e Pecuária de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, um dos organizadores da feira.
Segundo o secretário, nem mesmo a restrição de crédito por parte dos bancos, que temem um aumento na inadimplência, irá frear os negócios num dos eventos mais tradicionais do agronegócio no Paraná. “Os agricultores dos Campos Gerais são mais capitalizados. Muitas vezes, têm facilidade para acessar crédito porque o potencial de endividamento é maior que de outras regiões”, ressalta Ribas.
De acordo com dados do Banco Central, os bancos públicos e comercias liberaram via duas das principais linhas agrícolas do governo federal – Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e Moderfrota – R$ 1,55 bilhão entre janeiro e agosto deste ano. No mesmo período do ano passado, o valor ultrapassava R$ 2,98 bilhões.
Negócios
Historicamente, a maior parte do faturamento da Efapi tem origem na comercialização de máquinas agrícolas. A venda de animais, principalmente bovinos, também terá peso no faturamento. Mais de 230 animais, das raças canchim, braford, hereford, purunã, pinzgauer e caracu, integram a programação.



