Diante de uma platéia de empresários do agronegócio e pecuaristas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, durante solenidade do Plano Agrícola e Pecuário 2007/2008, que a Rodada de Doha não foi adiante porque o Brasil não aceita que os países europeus e os Estados Unidos mantenham elevados subsídios à agricultura e continuem forçando o país a abrir seu mercado para os produtos externos. Lula foi enfático ao dizer que, a continuar desse jeito, "não tem negócio".
- Se eles não abrirem a agricultura não tem mais conversa. Não podemos trabalhar com eles no século XXI como se estivéssemos no século XX.
Lula revelou que o então primeiro-ministro inglês, Tony Blair, telefonou para ele na semana passada pedindo flexibilização da parte do governo brasileiro.
- Eu disse que não tinha acordo. O momento de negociação entre os técnicos acabou. Agora é uma decisão política - afirmou Lula, acrescentando que os países ricos da Europa utilizam os pobres para manter seus benefícios.
- Em nome da proteção aos países mais pobres que entraram na União Européia eles protegem seus interesses - disse.



