• Carregando...
A Original voltou: acompanhado de políticos e do vice-presidente da Ambev Milton Seligman (à esquerda), Beto Richa exibe quadro alusivo ao rótulo da cerveja que “nasceu” em Ponta Grossa | Luciano Mendes/ Gazeta do Povo
A Original voltou: acompanhado de políticos e do vice-presidente da Ambev Milton Seligman (à esquerda), Beto Richa exibe quadro alusivo ao rótulo da cerveja que “nasceu” em Ponta Grossa| Foto: Luciano Mendes/ Gazeta do Povo

Volta às origens

A construção da fábrica da Ambev em Ponta Grossa marca o retorno da produção da cerveja Original à sua cidade natal – a marca nasceu na extinta Cervejaria Adriática. Concebida para ser a maior produtora de cervejas e refrigerantes do Sul, a nova unidade deve atender inicialmente cerca de 80% da demanda do estado. "É um investimento fantástico para a cidade e a recuperação do prestígio", disse o prefeito Marcelo Rangel.

R$ 1,12 bilhão foi o valor recolhido em impostos pela Ambev no Paraná em 2012, 15% mais que no ano anterior. Desse total, R$ 841 milhões representam o ICMS. Além de produzir cervejas em Curitiba e refrigerantes em Almirante Tamandaré, a companhia mantém três centros de distribuição no estado, em Curitiba, Londrina (Norte) e Francisco Beltrão (Sudoeste).

A nova fábrica da Ambev, que será construída em Ponta Grossa (Campos Gerais), deve absorver a produção de cervejas e refrigerantes que hoje é feita em suas duas unidades no Paraná, em Curitiba e Almirante Tamandaré, na região metropolitana.

O anúncio foi feito ontem, por diretores da empresa, durante a solenidade de anúncio da nova fábrica, que receberá investimentos de R$ 580 milhões e deve começar a funcionar até dezembro de 2014.

Eles disseram que, por enquanto, nada muda com as unidades de Curitiba e Almirante Tamandaré – mas a produção nesses dois locais está garantida somente até 2016. E revelaram que a fábrica curitibana, no bairro Rebouças, será doada para o governo do estado.

De acordo com o vice-presidente de relações corporativas da AmBev, Milton Seligman, a decisão de transferir a produção para a nova fábrica em Ponta Grossa não é da companhia, e sim do mercado. "Essa fábrica tende, pela sua capacidade e modernidade, a absorver toda produção do Paraná. Por isso, pode se tornar a maior da companhia", disse. "Ela tem capacidade de absorver as duas unidades e há, no protocolo, a intenção da AmBev de doar a unidade de Curitiba para o governo do estado."Com capacidade de 7 milhões de hectolitros por ano, a fábrica de Ponta Grossa vai produzir cervejas e refrigerantes nas modalidades de lata, garrafa e PET. Durante as obras serão gerados cerca de mil empregos diretos e indiretos. Depois da conclusão, a estimativa é de que 500 postos de trabalho sejam criados, na produção. As obras devem começar em breve. "Faltam apenas algumas licenças que estão sendo providenciadas", disse Seligman.Localizada no quilômetro 462 da BR-376, estrada que liga Ponta Grossa a Apucarana, a planta da AmBev vai ocupar um terreno de 2,6 milhões de metros quadrados, dos quais 435 mil de área construída. Segundo a Ambev, a escolha de Ponta Grossa levou em consideração a logística, a força de trabalho e o empenho político."O terreno que escolhemos é uma dádiva nesse sentido, maravilhoso porque tem rio de um lado e estrada de outro, então é perfeito do ponto de vista logístico e do nosso principal insumo que é a água", afirmou o vice-presidente.O empreendimento é um dos cinco maiores apoiados pelo programa Paraná Competitivo, do governo estadual. "Os investidores, diretores, representantes da Ambev queriam os maiores benefícios possíveis e nós conseguimos ficar no limite do que é importante para o estado, lutando para defender interesse público e trazer riquezas para o estado", disse o governador Beto Richa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]