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Pesquisa

Juros menores elevam intenção de consumo em maio

Folhapress

A redução de juros aliado à continuação do processo de elevação da renda aumentaram a disposição dos dos consumidores em comprar. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) medido pela Confederação Nacional de Comércio (CNC) subiu 4,8% em maio em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com abril, o ICF teve leve avanço de 0,3%.

"O otimismo se deu não só pela manutenção do crescimento real da massa salarial, como principalmente pelos efeitos das maiores facilidades de crédito com os cortes das taxas de juros concedidos pelos bancos desde abril", diz Bruno Fernandes, economista da confederação. Segundo a CNC, o nível de consumo atual subiu 5,7% na comparação anual e 1,3% ante o mês passado.

A disposição para a compra de bens duráveis (veículos, eletrodomésticos e outros) subiu 8,1% em relação a maio do ano passado e apresentou queda de 1,6% quando comparado com abril.

A pesquisa mostra que as famílias também estão dispostas a comprar mais a prazo. Em maio, o índice que mede a intenção de compra parcelada subiu 3,4% na comparação com 2011 e 0,6% ante abril.

Em relação ao mercado de trabalho, o item que mede a satisfação com o emprego atual avançou 1,3% em maio na comparação com o mesmo período de 2011. No entanto, em relação a abril deste ano, o índice recuou 0,8%.

As famílias também se mostraram mais confiantes em relação à renda atual, com alta de 3,6% na comparação com maio anterior e avanço de 1% ante abril deste ano.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o governo estuda medidas para reduzir a inadimplência no pagamento de empréstimos no país. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro afirmou que o pacote de estímulo ao crédito ajudará a reduzir o calote, mas que é possível fazer mais.

"Temos como reduzir essa inadimplência com uma nova liberação de crédito. Temos mecanismos para reestruturar essa inadimplência e estamos pensando em novas medidas que permitam isso", afirmou, sem detalhar as novas ações. Na audiência, o ministro disse ainda que, caso haja um "estresse maior" no cenário internacional, o PIB brasileiro poderá ter um crescimento 1 ponto percentual menor do que o esperado. Em sua apresentação, o ministro reduziu a projeção oficial de crescimento da economia dos 4,5% para 4%, apesar de os especialistas de mercado projetarem um número de 3,2%, segundo dados do Banco Central.

De acordo com Mantega, as medidas anunciadas na segunda-feira, juntamente com os cortes nas taxas de juros e outras ações que ainda virão, devem contribuir para estimular o crescimento econômico. O ministro ressaltou que novas medidas poderão ser tomadas, como a liberação de mais depósitos compulsórios – dinheiro que os bancos têm que deixar depositado no Banco Central – para aumentar o volume de crédito. "São desafios permanentes, a economia brasileira tem sempre que enfrentar esse desafio de reduzir o custo financeiro e temos que buscar sempre reduzir o custo tributário, porém em um momento de crise, esse desafio se torna mais importante. Temos ainda uma margem grande de redução que pode ser feita do custo financeiro ao consumidor brasileiro", completou.

3,4% foi o quanto subiu a disposição das famílias brasileiras para fazer compras a prazo, de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio. Segundo os responsáveis pela pesquisa, o índice reflete um maior otimismo da população, provocado pela redução nas taxas de juros.

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