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Mercadante apela à oposição para que aprove mudanças na meta fiscal

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (5) que o governo deve cortar gastos, e não elevar impostos, no esforço de ajuste das contas públicas, que apresentou o maior rombo da história do Plano Real em setembro.

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Apesar da expectativa do mercado, o nome do novo ministro da Fazenda deve ser anunciado somente depois da cúpula do G20, que ocorre de 15 e 16 de novembro, na Austrália, segundo informou a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (05).

Veja a lista dos cotados para o Ministério da Fazenda

Ao ser perguntada por jornalistas se já escolheu o novo ministro e se vai definir antes do encontro, Dilma disse que "não". Reeleita para um novo mandato,a presidente anunciou durante a campanha que o atual ministro Guido Mantega deixaria o ministério em um novo governo da petista. O nome do novo titular da pasta é amplamente aguardado.

Lula

A presidente se reuniu nesta terça-feira (4) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Granja do Torto, em Brasília, para montar o quebra cabeça de seu novo Ministério.

Lula apresentou a Dilma uma lista de indicações para vários cargos. Na sua avaliação, a presidente deve emitir rapidamente sinais para acalmar o mercado financeiro, assustado com as incertezas na economia. O governo também está preocupado com as pressões do PMDB, que deve lançar o deputado Eduardo Cunha (RJ), desafeto de Dilma, à presidência da Câmara.

No diagnóstico dos petistas, o vice-presidente Michel Temer - que se reuniu nesta terça com deputados e senadores do PMDB - não consegue enquadrar as duas alas do partido. Lula recomendou à sua afilhada mais diálogo com os aliados e recomendou a ela cuidado com as rebeliões no Congresso.

Na opinião de Lula, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles tem perfil ideal para ocupar o Ministério da Fazenda. O economista Nelson Barbosa, que foi secretário executivo da Fazenda e é outro nome cotado, só aceitaria o cargo se o secretário do Tesouro, Arno Augustin, ficasse fora da equipe. Nelson e Arno tiveram vários atritos quando trabalharam juntos.

Dilma, porém, já deu sinais de que pretende manter Arno no governo, embora em outro posto, podendo até mesmo puxá-lo para o Planalto. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, por sua vez, recusou o convite para substituir Mantega, de acordo com relatos obtidos pelo Estado.

No xadrez que vem sendo montado por Dilma, o governador da Bahia Jaques Wagner (PT), está cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) - que vai se reunir com a presidente nesta quarta-feira - pode ocupar o Ministério das Cidades. Lula, no entanto, gostaria de ver em Cidades o petista José Di Filippi Júnior, hoje secretário municipal da Saúde em São Paulo.

O governador do Ceará (PROS), Cid Gomes, conversou nesta terça com Dilma, no Palácio do Planalto, e tem o nome citado para o Ministério da Educação. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto (PT), só não será transferido para a Secretaria Geral da Presidência se não quiser.

Dilma vai se reunir com dirigentes de todos os partidos da base aliada, nos próximos dias. Nesta quinta-feira, ela receberá as bancadas do PT na Câmara e no Senado e os governadores eleitos do partido, no Palácio da Alvorada.

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