O embaixador da Colômbia em Washington, Luis Alberto Moreno, afirmou ontem, logo após ser divulgada sua eleição para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que a prioridade no cargo será o combate à pobreza. Moreno que vai substituir o uruguaio Enrique Iglesias, ocupante do cargo nos últimos 17 anos deve tomar posse em 1.º de outubro para um mandato de cinco anos.
O candidato brasileiro derrotado na eleição do BID, João Sayad (que ocupa uma das vice-presidências do banco), teve sete dos 28 votos de países das Américas. Além do próprio Brasil, ele conquistou o apoio da Argentina, Bolívia, Chile, Haiti, Suriname e Venezuela. O vencedor conseguiu o apoio dos demais países-membros do banco localizados no continente, com exceção do Peru, que votou no candidato próprio, Pedro Pablo Kuczynski.
Entre esses 20 votos obtidos por Moreno estão países que já haviam declarado apoio como os EUA e os da América Central e também países cujos votos tentavam ser atraídos para a candidatura Sayad como México e o Canadá. Até Paraguai e Uruguai formalizaram na última hora apoio ao colombiano.
A derrota de Sayad é o segundo resultado negativo do Brasil colhido neste ano em organismos multilaterais. Em maio, o francês Pascal Lamy foi escolhido o novo diretor-geral da OMC após derrotar três candidatos, incluindo o embaixador brasileiro Luiz Felipe Seixas Corrêa.



