As centrais sindicais e o governo federal chegaram a um acordo, na tarde desta quarta-feira, sobre o novo valor salário-mínimo, que será de R$ 350. O reajuste, que seria feito em maio, será antecipado para março. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o ministro da Previdência, Nelson Machado, e o secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci, participaram da reunião desta quarta-feira com representantes das centrais sindicais.
Inicialmente, as centrais sindicais defendiam um mínimo de R$ 400. O novo valor, portanto, está mais próximo do defendida pelo governo em dezembro de 2005, de até R$ 340.
- As centrais queriam que o novo mínimo fosse R$ 400, mas o valor pedido agora é um consenso para abrir negociações com o governo. O governo manteve R$ 321 na peça orçamentária. Nós avaliamos que se chegássemos no meio do caminho, que seria R$ 360, seria um bom acordo, daria 14 % de aumento real, o que seria um fato inédito na história política do país - explicou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, antes da reunião.
A correção de 10% da tabela também deve ser discutida no encontro desta quarta-feira. Para o líder sindical, a correção da tabela de imposto de renda deveria ser feita normalmente pelo governo a cada ano, conforme os índices de inflação. Apesar disso, ele considera que a atualização da tabela em 10% vai permitir isentar grande parcela do assalariado do pagamento do imposto.
- Como temos um passivo enorme do governo passado, que demorou muito a atualizar essa tabela, vamos continuar reivindicando não só a atualização de acordo com a inflação no atual governo e queremos a reposição do governo passado. Nós achamos que quem ganha R$ 1.200 não deveria pagar imposto porque é um salário muito baixo para descontar 15% - afirmou.
Os sindicalistas também vão apresentar ao ministro o pedido da criação de uma política de valorização do salário mínimo ao longo de anos.
- Para que não fiquemos constantemente submetidos a esse debate estéril que ocorre todos os anos, sobre quanto que vai ser o salário mínimo.
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