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Negócios

Novo shopping custará R$ 130 mi

Empreendimento será erguido ao lado do Jockey Club do Paraná, em Curitiba. Tomando como base estruturas similares, valor total do desembolso pode chegar a R$ 183 milhões

Veja a localização em que shopping ficará |
Veja a localização em que shopping ficará (Foto: )

O shopping que o Grupo Tacla e as construtoras Casteval e Paysage pretendem construir em parte do Jockey Club do Paraná, em Curitiba, vai custar aproximadamente R$ 130 milhões, de acordo com um dos sócios do projeto – mas há indícios de que o desembolso pode ser maior. O contrato com o hipódromo do bairro do Tarumã, que terá cota de 10% no empreendimento e receberá uma espécie de aluguel pela cessão da área, foi assinado na noite de terça-feira.A novidade em relação ao projeto anunciado meses atrás pelas duas construtoras é a entrada do Grupo Tacla, que tem experiência na administração de shopping centers. Dono do Palladium e de 40% do Crystal Plaza, o grupo terá fatia de 45% no novo negócio, segundo o empresário Aníbal Tacla. Casteval e Paysage dividem os 45% restantes.

Os empreendedores dizem ter autorização da prefeitura para erguer um edifício com 65 mil metros quadrados no local, mas avisam que a intenção é que o "Jockey Park Shopping" – nome provisório – tenha algo próximo de 100 mil metros quadrados, 8 mil a menos que o ParkShopping Barigüi. O maior shopping da cidade, o Palladium, tem pouco mais de 180 mil metros quadrados de área construída.

Valores

"Temos uma pré-aprovação para 65 mil metros, mas vamos pleitear mais", diz Tacla, que prefere não divulgar uma estimativa de custos, pois, segundo ele, o orçamento "dependerá da área que a prefeitura autorizar". Por sua vez, o presidente da Casteval, Osvaldir Benato, diz que o investimento deve ficar em torno de R$ 130 milhões.

O custo total, no entanto, pode ficar bem maior se for proporcional ao do último shopping inaugurado na cidade. Aberto em maio de 2008, o Palladium saiu por R$ 280 milhões – valor que, corrigido pela variação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), equivale hoje a R$ 334 milhões, ou R$ 1.830 por metro quadrado. Seguindo essa base, o shopping do Jockey sairia por aproximadamente R$ 183 milhões.

Hipódromo

A pista de corridas e as arquibancadas do Jockey não serão afetadas pelas obras do shopping, que terá vista para o hipódromo. O prédio será construído em um terreno de 91 mil metros quadrados, paralelo à reta oposta às arquibancadas, com entrada pela Rua Konrad Adenauer, em frente à Unibrasil. Hoje essa área é ocupada pela sede da Associação de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida do Paraná (ACPCCP), por 32 grupos de cocheiras e por estabelecimentos como selarias e laboratórios veterinários. Tudo será demolido e reconstruído em outra parte do Jockey – a área total do clube é de 630 mil metros quadrados – antes do início das obras do shopping.

Roberto Hasemann, presidente do Jockey, diz que o clube receberá cerca de R$ 160 mil mensais pela cessão da área a partir de setembro. O suficiente, segundo ele, para cobrir as despesas fixas da instituição, que vinham sendo bancadas pelo aluguel do espaço para festas e eventos e, principalmente, pelo dinheiro da venda de outro terreno, de 110 mil metros quadrados – a área foi vendida em 2007 e teve sua última parcela paga em julho.

As corridas das sextas-feiras são deficitárias: o saldo negativo entre a arrecadação de apostas e as despesas varia entre R$ 30 mil e R$ 35 mil por corrida. Segundo Hasemann, nos dois primeiros anos de funcionamento do shopping, o aluguel subirá para pelo menos R$ 180 mil e, a partir do terceiro ano, poderá passar de R$ 300 mil. "O Jockey terá 10% da sociedade, mas não precisará fazer qualquer investimento. O shopping é o que vai manter o clube vivo, sustentável."

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